Gestora do aeroporto internacional negocia para manter voos comerciais no terminal da região metropolitana
Os sócios da BH Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, já entraram em contato com representantes do governador eleito, Romeu Zema (Novo), para negociar a manutenção dos voos comerciais dentro do país no terminal da região metropolitana, evitando a retomada dessas operações no aeroporto da Pampulha.
“Nós estamos negociando com o antigo e com o novo governo”, afirmou ontem o CEO da Zurich Airport Latin America, Stefan Conrad. “Na região não há demanda para dois aeroportos”, acrescentou o executivo da empresa, que detém 25% da BH Airport e que com a CCR controla o terminal.
Conrad disse que a volta das operações do aeroporto da Pampulha vai representar a transferência de 2 milhões de passageiros por ano de Confins para o terminal da capital, o que, segundo ele, representa 20% dos passageiros que anualmente usam o aeroporto internacional.
“Isso vai fazer com que nosso planejamento seja inviável”, destaca o executivo, admitindo que esse quadro pode levar a Zurich Airport a buscar um comprador para sua parte no negócio. Embora diga que prefere não pensar nessa hipótese, Conrad lembra que a Zurich administra o aeroporto de Florianópolis e tem participação em terminais no Chile, Colômbia e na ilha de Curaçao, no Caribe.
Ainda segundo Conrad, com a indefinição sobre a volta ou não dos voos ao aeroporto da Pampulha, a BH Airport está postergando investimentos na infraestrutura dos terminais em Confins, como melhoria de banheiros e nos restaurantes.
O executivo lembra ainda que a manutenção dos voos em Confins permitirá a continuidade dos projetos de atrair indústrias para a região do terminal e expandir os voos internacionais. Desde 2013, o aeroporto de Confins já recebeu R$ 870 milhões em investimentos
A transferência dos voos regionais para a Pampulha está suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que, no ano passado, acatou medida cautelar contra a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que homologou a pista do terminal de BH para operar com aviões de maior porte. Em janeiro, o plenário do TCU manteve a medida cautelar proibindo voos comerciais na Pampulha.
Fonte: em.com.br