Segundo a decisão do Conselho de Justificativa da corporação, Carlos Alberto Foresti foi considerado culpado por atos que ferem a legislação militar
O Conselho de Justificativa da Polícia Militar decidiu, por unanimidade, pela demissão do tenente-coronel Carlos Alberto Foresti da corporação. A decisão se deu pelo envolvimento do militar no movimento grevista da PM, em fevereiro do ano passado.
De acordo com a decisão, o oficial foi considerado culpado por atos que ferem a legislação militar. Caberá agora ao Governo do Estado acatar ou não a decisão pelo afastamento definitivo do tenente-coronel.
Em uma rede social, o tenente-coronel Foresti, que já está na corporação há quase 25 anos, lamentou o fato e disse “que saiu em defesa de uma tropa ferida após uma crise nervosa”. Ele agradeceu a todos que o apoiaram e disse que agora aguarda a decisão final.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que, como instituição castrense, segue os preceitos legais estabelecidos em legislação própria que tutelam os valores basilares da hierarquia e disciplina, sem os quais ruiriam tais organizações, colocando em cheque a própria ordem social.
De acordo com a PM, todos os profissionais sujeitos a esta legislação possuem, em respeito ao Estado Democrático de Direito, acesso à ampla defesa e ao contraditório e, da mesma forma, estão à mercê das consequências advindas de uma eventual condenação.
A produção da TV Vitória/Record TV entrou em contrato com a Associação dos Oficiais Militares do Espirito Santo (Assomes), mas a instituição preferiu não se posicionar sobre o caso, já que o militar não é associado a ela.
A produção da TV Vitória/Record TV também entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo do Estado, mas não obteve retorno.