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Academia fecha e deixa advogado preso por quase 4 horas

“Esperando a POLÍCIA me salvar porque a @SmartFitoficial da Santa Cecília, muito profissional, fechou sem checar quem estava ainda no banheiro trocando de roupa. Muito SMART mesmo vocês, hein? Canceladíssimos!!”, escreveu Vitor Leal no Twitter, às 23h41 desta terça-feira (9).

“A polícia me salvou, gente, saí bem humilhado por uma fresta que os policiais conseguiram fazer na porta pelo lado de fora”, tuitou horas depois, às 3h14.
O advogado Vitor Leal, 29, passou quase quatro horas preso em uma academia na região central de São Paulo entre a noite de terça e a madrugada desta quarta-feira (9) e só conseguiu sair com a ajuda da Polícia Militar.

Recém-chegado de Recife, Leal conta que foi à academia Smart Fit na Santa Cecília por volta das 22h20, após sair de um curso, e deixou uma bolsa com roupas no vestiário, no andar superior à área da musculação. Ciente que a academia fechava às 23h, ele diz que subiu às 22h58 para pegar suas coisas, quando as luzes se apagaram.

“Achei estranho. Usei a luz do meu celular para procurar a chave do meu cadeado. Pensei que eles tinham o costume de acelerar, para as pessoas irem embora logo. Quando desci, estava tudo fechado, com uma porta de ferro. Cheguei a bater nela, imaginando que o responsável tinha acabado de sair, mas ninguém ouviu”, diz ele à Folha de S.Paulo.

Por sorte, diz ele, tinha um carregador portátil de celular, já que sua bateria estava acabando. Ligou para um amigo que morava por perto e procurou no site da academia e na recepção algum telefone, mas não conseguiu nenhum contato que funcionasse. Aí telefonou para a Polícia Militar (que confirmou à reportagem ter recebido o chamado). Tudo isso no escuro.

“O policial disse que enviaria uma viatura, mas pediu para eu aguardar, porque poderia demorar um pouco. Liguei umas quatro vezes para a polícia, para perguntar onde estavam. Cada vez eu tinha o constrangimento de explicar o que eu estava fazendo ali”, diz.

Nesse meio tempo, ligou também para os Bombeiros (que disseram que só a polícia poderia resolver a situação), mobilizou amigos até uma academia da mesma rede que funciona 24 horas e pediu ajuda na internet.

“Tive que me expor em rede social, mas quis ser o mais sério possível, porque era a única forma de eu contatar a empresa”, diz Leal.

A polícia chegou após as 2h30 e conseguiu abrir parte do portão forçando suas travas. Vitor diz que um gerente da academia entrou em contato com ele por volta das 4h e pediu desculpas pelo ocorrido.

“Fui dormir às 5h, me atrasei hoje para meu trabalho, vou ter que ir à delegacia para fazer o boletim de ocorrência e ir à academia para conversar com eles. Vou entrar com uma ação pelo constrangimento que passei. Não quero ganhar dinheiro, mas quero ter uma resposta da empresa. Cercearam minha locomoção, me prenderam lá dentro”, reclama.

Procurada, a Smartfit não respondeu até a publicação deste texto.

Fonte: Tribuna

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