Na abertura, papéis da companhia chegaram a cair mais de 12%. Foi o segundo acidente em 5 meses envolvendo um avião do modelo 737 MAX 8.
A Boeing opera em forte queda nesta segunda-feira (11) na bolsa de Nova York, no dia seguinte ao acidente na Etiópia de um de seus principais aviões, o 737 MAX 8, que levou vários países, incluindo a China, a suspenderem a utilização deste tipo de aeronave.
A ação do fabricante americano de aviões caiu 12,73%, a US$ 368,75, arrastando para o vermelho o índice Dow Jones, o principal índice de Wall Street. Se esta tendência for confirmada, a Boeing terá perdido cerca de US$ 30 bilhões em valor de mercado em um dia, seu pior desempenho em uma sessão desde 17 de setembro de 2001 (na reabertura dos mercados após os ataques do 11 de setembro), destaca a France Presse.
A queda de um avião da Ethiopian Airlines no domingo deixou 157 mortos e foi o segundo acidente em 5 meses envolvendo um 737 MAX 8, que é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo. No fim de outubro de 2018, 189 pessoas morreram em um voo da indonésia Lion Air.
Após a queda do 737 MAX 8 na Indonésia, a comunidade aeronáutica passou a questionar a falta de informação das companhias e dos pilotos sobre seu novo sistema de aviso de entrada em perda de sustentação, informa a agência AFP.
Segundo a Boeing, atualmente 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de 50 operadoras no mundo.
A Boeing informou que uma equipe técnica irá ao local do acidente para fornecer assistência técnica sob a direção do Departamento de Investigação de Acidentes da Etiópia e do Departamento Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA.
Etiópia encontra caixas-pretas do avião que caiu com 157 a bordo
737 MAX 8 no Brasil
No Brasil, apenas a Gol possui aviões da Boeing modelo 737 MAX 8 e opera com sete deles em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe, preferencialmente. Outras empresas, porém, operam esse modelo em rotas que incluem o Brasil, como a Aerolíneas.
A Gol disse ao Bom Dia Brasil que acompanha as investigações sobre o acidente e que, por enquanto, não cogita a suspensão de voos. De acordo com plano de renovação da frota anunciado em dezembro, pela Gol, a empresa tem uma encomenda de 135 aeronaves Boeing 737 MAX com previsão de entrega até 2028.
A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) informou que acompanha as investigações. A agência emitiu um relatório de avaliação operacional próprio para avaliar exclusivamente as condições técnicas e operacionais desse modelo e suas variantes.
Fonte: G1