Rubens Almeida Dias Júnior, de 22 anos, suspeito de matar a namorada Andrielly Mendonça Pereira dos Santos, de 20 anos, com um fio de carregador de celular passa por Júri Popular no Fórum de Vila Velha na manhã desta quarta-feira (29). O crime aconteceu em março do ano passado, no bairro Planalto.
O uso do fio como objeto usado para sufocar e matar a vítima está no laudo do Departamento Médico Legal (DML). A investigação aponta que depois do crime, Rubens fugiu de casa levando a enteada, uma criança q três anos. Ele foi preso dias depois.
O acusado chegou ao Fórum às 8h40, em um carro da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus). A família da vítima estava com cartazes pedindo justiça.
De acordo com o advogado de defesa de Rubens, Carlos Henrique Bastos, o acusado terá três testemunhas de defesa. Ele declarou que só se manifestará sobre o caso depois do julgamento.
A família de Andrielly acredita que a morte foi motivada por ciúmes e espera que o julgamento seja rápido. O advogado de acusação, Renato Cintra, acredita que Rubens será condenado ainda nesta sessão.
Andrielly foi encontrada morta no dia 4 de março de 2018, em casa, com um corte no pescoço. Rubens teria usado um fio de carregador de celular para matá-la. A informação foi confirmada com um laudo do Departamento Médico Legal (DML). Após o crime, vizinhos viram Rubens saindo de casa levando a filha da vítima.
Andrielly e Rubens estavam morando juntos no bairro há cerca de três meses, junto com a filha da jovem. Uma vizinha, que preferiu não se identificar, contou que foi acordada por causa de uma discussão do casal por volta de 1h.
“Eu cheguei na janela e ouvi ela dizendo ‘você vai fazer comigo o mesmo que você fez com’ e não chegou a terminar a frase, provavelmente foi nessa hora que ele enforcou ela com o carregador. Depois não ouvi mais nada”, contou a vizinha após o crime.
A mulher revela que uma outra vizinha chamou a polícia, mas a PM chegou depois que ele fugiu. Logo em seguida chegou a ambulância do Samu e um rabecão.
Rubens foi preso no dia 9 de março, quando se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Depois de prestar depoimento, ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana.
Contra Rubens havia dois mandados de prisão em aberto. Um por descumprimento de uma medida protetiva da ex-mulher e outro pela morte de Andrielly.
Mandado de prisão em aberto
Na época, o pai de Andrielly contou que o mandado de prisão em aberto de Rubens era por causa de um crime cometido contra a ex-esposa dele. A mulher não queria deixar ele ver o filho deles e Rubens, então, atirou na porta dela.
Por causa disso, ele e Andrielly ficaram cerca de um mês em Minas Gerais, para fugir dessa acusação.
O pai de Andrielly, Anderson Pereira dos Santos, contou que falou com o rapaz por volta das 6h do domingo que a filha foi encontrada morta. Ele não sabia sobre o crime.
“Eu trabalhei a noite inteira. Por volta de umas 6h, vi que ele estava online no Whatsapp e mandei uma mensagem ‘vai dormir, rapaz’. Poucos minutos depois, me ligaram para falar que a minha filha tinha morrido”, contou na ocasião.
Depois de saber do crime, o pai continuou conversando com o jovem. Nas mensagens, ele negou que tinha a intenção de matar a vítima.