Acusado de matar a advogada Tatiane Spitzner, Luiz Felipe Manvailler começou a ser julgado na tarde desta 3ª feira (4.mai) por um júri popular, Guarapuava (PR). Ele chegou ao fórum sob escolta da Polícia Militar, e os advogados de defesa utilizaram um pano preto para impedir que o réu fosse visto por quem estava no local.
Até o meio da tarde desta 3ª, uma das testemunhas que prestou depoimento foi o delegado responsável pela conclusão do inquérito. Ao todo, dezessete pessoas serão ouvidas.
Uma das testemunhas que deveria ser ouvida foi diagnosticada com covid-19. O atestado dela foi incluído no processo e, em conversa, ficou decidido entre as partes que durante a sessão será reproduzido o depoimento que essa testemunha deu durante a fase de instrução do processo.
Essa é a terceira tentativa de levar Manvailler ao banco dos réus. Em 10 de fevereiro, o julgamento foi cancelado após a defesa abandonar a sessão por ser impedida pelo juiz de mostrar alguns arquivos. Pelo abandono, a defesa foi multada em cem salários mínimos. A multa foi retirada pelo Tribuna de Justiça do Paraná na última 5ª (29.abr).
Histórico
O biólogo responde pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. Tatiane foi encontrada morta no apartamento onde morava com o marido, em julho de 2018. Câmeras de segurança do prédio onde o casal morava registraram Manvailler agredindo a companheira dentro do carro, na garagem do prédio e no elevador. Minutos depois, ela cai do quarto andar. Luiz Felipe, recolhe o corpo da advogada e leva novamente até o apartamento. Após limpar as manchas de sangue dos corredores e do elevador, Manvailler fugiu. Ele foi localizado horas depois, ao sofrer um acidente com o carro que dirigia na BR- 277 no município de São Miguel do Iguaçu, ele seguia em direção ao Paraguai. A expectativa é de que o julgamento possa durar alguns dias.
Fonte: SBT