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Acusado de participar da greve da PM, Capitão Assumção é solto

Ele estava preso desde 28 de fevereiro, acusado de incitar o movimento grevista da PM no Espírito Santo

Capitão Assumção / Foto: Arquivo

O capitão da reserva da Polícia Militar Lucínio Castelo de Assumção, o Capitão Assumção, foi solto na noite desta sexta-feira (22). Ele estava preso desde o dia 28 de fevereiro no Quartel do Comando Geral da PM em Maruípe, Vitória. A prisão preventiva havia sido determinada em meio a acusações de que o militar incitou o movimento grevista da PM no Espírito Santo naquele mesmo mês.

O advogado de Assumção, Tadeu Fraga de Andrade, conta que a decisão para a revogação da prisão preventiva ocorreu ainda no último dia 19, por parte do juiz da Vara da Auditoria da Justiça Militar, Getúlio Marcos Pereira Neves, mas houve um problema e a soltura ocorreu somente na sexta.

“Houve um problema o sistema da Polinter, que estava com dados desatualizados e ele não pode ganhar a liberdade. No dia seguinte veio o recesso do Judiciário e então ontem (sexta) veio a decisão do juiz de plantão para garantir a liberdade dele. O argumento para a revogação da prisão preventiva seria que os motivos da prisão, de que o capitão colocaria em risco a hierarquia militar, já não se fazem mais presentes”.

PRISÃO

O capitão Assumção se envolveu em uma confusão perto da sede do 4º Batalhão da PM, em Vila Velha, no dia 24 de fevereiro. Logo após receber voz de prisão, com a presença do coronel Ilton Borges, que então atuava na Corregedoria da PM, ele conseguiu fugir. Já no dia 28, Assumção se entregou.

Ele responde a um Conselho de Justificação, procedimento adotado pela própria Polícia Militar para apurar a conduta de oficiais, sob a acusação de “liderar o movimento de paralisação, visitando diversas unidades e incitando a tropa a permanecer a paralisação das atividades operacionais”. Pesam ainda contra o capitão três Inquéritos Policiais Militares (IPMs) e ações penais na Justiça comum.

O advogado do capitão diz que, agora que o oficial obteve a liberdade, vai se dedicar às estratégias de defesa, mas nega que o cliente tenha atuado como uma liderança. “Ele não teve qualquer participação no controle desse movimento”, afirma Andrade.

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