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Agente joga spray de pimenta em familiares de irmãos mortos em Linhares, ES

Situação aconteceu no momento em que um veículo da Sejus saía levando o pastor Georgeval Alves do Fórum Criminal de Vitória, após a quarta audiência do caso.

Um agente penitenciário jogou spray de pimenta em familiares e amigos dos irmãos Joaquim e Kauã, na tarde desta quarta-feira (12). A situação aconteceu no momento em que um veículo da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) saía levando o pastor Georgeval Alves do Fórum Criminal de Vitória, após a quarta audiência do caso.

O grupo de familiares e pessoas próximas às crianças aguardava a saída do veículo que levaria o pastor novamente para a penitenciária. Ele é acusado do crime. No momento da saída, o grupo se aproximou do carro gritando, pedindo por justiça.

Durante a ação, o agente acionou o spray contra pessoas que estavam mais próximas do carro. A cena foi registrada em vídeo pela equipe da TV Gazeta.

 dentista Ana Paula Lopes, namorada do pai de Kauã, Rainy Butkovsky, foi uma das mais atingidas pela susbtância. Ela recebeu o jato de spray no rosto e chorou por conta da ardência nos olhos.

Um dos manifestantes questionou a ação e discutiu com o servidor, que entrou na viatura e deixou o local.

Rainy Butkovsky e outras seis pessoas atingidas pelo spray estiveram na noite desta quarta no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória e registraram um boletim de ocorrência contra o agente.

“O advogado que nos acompanha disse que vai registrar o boletim por lesão corporal, formação de quadrilha, já que os agentes estavam em mais de três, e abuso de autoridade. Não bastasse a revolta que sentimos por conta do crime bárbaro, agora temos que passar por isso. Estávamos gritando contra o homem que matou duas crianças, incluindo meu filho, e é assim que somos tratados”, desabafou Rainy Butkovsky.

G1 procurou a Sejus para comentar a atitude do agente. Por nota, informou que “a ação teve o objetivo de garantir a ordem e o andamento do trabalho da justiça.”

Audiência

Treze testemunhas foram ouvidas na quarta audiência do caso das mortes dos irmãos Joaquim e Kauã. A audiência começou na terça-feira (11) e terminou nesta quarta-feira (12), no Fórum Criminal de Vitória.

As testemunhas ouvidas são do Corpo de Bombeiros e da perícia da Polícia Civil. Eles já haviam conversado com a polícia e dessa vez prestaram depoimento em juízo.

Desdobramentos

  • A primeira audiência do caso aconteceu na 1ª Vara Criminal de Vitória, no dia 10 de outubro. Nela, foram ouvidas cinco testemunhas.
  • Já a segunda aconteceu no Fórum de Linhares, no dia 23 de outubro, onde foram ouvidas 16 testemunhas.
  • A terceira também aconteceu em Linhares, no dia 27 de novembro e 15 testemunhas foram ouvidas.

Caso

As crianças morreram em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares. Georgeval, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já a esposa dele, Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.

Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulneráveis e fraude processual. Georgeval ainda responde por tortura.

Fonte:Portal Guandu.

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