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Agente penitenciário é torturado após ter apartamento invadido em Vitória

Um agente penitenciário, de 41 anos, teve o apartamento invadido por dois bandidos e foi torturado por 40 minutos na manhã de ontem. Ele foi agredido com socos, recebeu choques e ouviu ameaças de morte. A invasão aconteceu às 7 horas, no bairro Jardim da Penha, em Vitória.

De acordo com o agente, que não quer ser identificado, os criminosos entraram no imóvel após abordarem a mulher dele, uma servidora pública de 41 anos, no elevador. A vítima não soube explicar como os suspeitos tiveram acesso ao prédio, que não tem porteiro. No entanto, só moradores possuem a chave do portão.

“Eles abordaram minha esposa e disseram que era para ela os levar até mim. Eles me conhecem, me chamaram pela minha identificação no presídio”, destacou.

Segundo o agente, ele foi algemado no banheiro e teve as pernas amarradas, enquanto a esposa era feita refém em um quarto.

“Eu estava dormindo. Acordei com socos no rosto e uma arma apontada para mim. Depois disso, eles me levaram ao banheiro e me torturaram, dando choques, socos. Eles jogaram álcool no meu corpo e falaram que iam atear fogo”, disse.

O agente acredita os suspeitos foram ao apartamento para matá-lo. “Eles vieram com intenção de me matar, mas, durante a ação, tiveram um desentendimento entre eles, o que os fez perder o foco”.

A vítima disse ainda que tem recebido ameaças há cerca de três meses. Elas teriam começado após o agente negar um pedido a um preso. “Ele fez um pedido e eu neguei. Naquele momento ele disse que eu queria salvar a pátria, que tem servidores penitenciários que ‘fecham’ com criminosos do PCC no Estado e que eu conheceria o poder deles”, contou a vítima, que preferiu não dizer qual foi o pedido.

O servidor informou que, um dos suspeitos aparentava estar sob efeito de drogas. “Já o outro mexia muito bem com a arma e com as algemas”.

A vítima contou que, depois da tortura, os criminosos foram embora. “Depois de um tempo gritei pela minha esposa, que, mesmo amarrada, conseguiu chegar até mim. Pedi que ela fosse procurar ajuda e, em minutos, policiais militares foram nos resgatar.”

Fonte: Tribuna Online

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