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Após nova investida de Guaidó contra Maduro, Bolsonaro reforça apoio à oposição venezuelana

Bolsonaro comparou a linha ideológico do regime de Maduro ao pensamento de partidos de esquerda brasileiros. País vizinho vive nova tensão política

O presidente Jair Bolsonaro manifestou apoio ao movimento oposicionista na Venezuela, que tenta destituir Nicolás Maduro do poder.

Em suas redes sociais, Bolsonaro disse que o Brasil se solidariza e comparou a linha ideológica de Maduro com a de partidos brasileiros de esquerda.

“O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos. Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia”, escreveu.

Nesta terça-feira (30), o líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou que as Forças Armadas estão ao seu lado para derrubar Maduro.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse, contudo, que os militares se “mantém firmes” na defesa da constituição e de “suas autoridades legítimas”, acusando os opositores de fomentar o “terror” em vias públicas.

A Guarda Nacional venezuelana, aliada a Nicolás Maduro, reprime com força nas ruas da capital do país os movimentos de opositores civis e militares que tentam derrubar o regime chavista, fazendo uso de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

O líder da oposição venezuelana Leopoldo López conseguiu sair hoje da prisão domiciliar com a ajuda de militares que deixaram de apoiar o regime chavista, evidenciando uma divisão nas Forças Armadas do país. López chegou a divulgar uma foto em seu Twitter junto a Guaidó e pediu à população que tomasse as ruas de maneira pacífica. “Fazemos esse chamado a todos para que se somem a esse processo, um processo de unificação das forças armadas com o povo”, disse.

Chanceler brasileiro espera “evolução democrática” na Venezuela

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse hoje (30) que o Brasil continua tendo uma perspectiva concreta de que haja uma “evolução democrática na Venezuela” a partir de pressões diplomáticas e políticas e também com “sanções econômicas” da comunidade internacional.

A manifestação de Ernesto Araújo foi durante entrevista à imprensa ao lado do ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Mass, no Palácio do Itamaraty. “Nossa posição é de apoio ao processo de transição e esperamos que todas as forças venezuelanas atendam a esse chamado pela democracia”, disse Ernesto Araújo.

O ministro disse que o governo brasileiro está reunindo informações sobre a movimentação de hoje (30) na Venezuela para tomar uma posição mais clara sobre a questão. “As informações chegam a cada minuto”, ressaltou. Ele disse que conversou nessa segunda-feira (29) contato com autoridades norte-americanas sobre situação no país vizinho. O ministro Araújo frisou que, pelo menos com relação à parte brasileira, não havia ainda informações sobre o deslocamento na manhã de hoje (30) dos líderes da oposição e do preso político Leopoldo López para a base aérea de La Carlota, em Caracas, onde anunciariam o apoio de militares na luta contra o regime de Nicolás Maduro.

Fonte: Folha Vitória

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