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Após receberem rins do mesmo doador e no mesmo dia, irmãos de Linhares sonham em viajar

Os irmãos que receberam transplante de rins de um mesmo doador e no mesmo dia se recuperam em casa, em Linhares. Pouco mais de um mês depois da cirurgia, Luciano Silvério, de 34 anos, e Adriano Silvério, de 32, planejam uma vida diferente a partir de agora. “Agora eu pretendo viajar, aproveitar o máximo”, disse Adriano.
Os irmãos eram portadores de uma doença renal progressiva e faziam hemodiálise há anos. A cirurgia aconteceu no dia 16 de maio, em um hospital da Grande Vitória. Agora, eles já estão em casa, no bairro Movelar, em Linhares. Com a garantia de que as cirurgias foram bem-sucedidas, os irmãos comemoram a conquista. “Estou alegre duplamente. Eu e meu irmão temos uma esperança de vida nova, uma vida melhor daqui pra frente”, disse Adriano.
De acordo com Luciano, o corpo está respondendo cada vez melhor à mudança. “Nós sentíamos muita dor, nas pernas e nas costas. Agora nós não sentimos mais”, comemorou. Adriano fez hemodiálise por 12 anos. Já o irmão descobriu a doença depois, e passou pelo procedimento por 7 anos. Mesmo depois de tanto tempo, eles tinham esperança de que conseguiriam um transplante. Só não imaginavam que a alegria seria dupla.
“Já era esperado por mim há muito tempo. Tinha esperança que um dia ia chegar meu dia. Graças a Deus, chegou e foi surpreendente o que aconteceu”, disse Adriano. Depois de tanto tempo de sofrimento e espera, eles planejam aproveitar a vida da melhor forma. “Sair de Linhares um pouco, conhecer os lugares”, disse Luciano.
No mês que vem, eles vão passar por uma avaliação médica para saber como está a recuperação e se vai ser possível desativar as fístulas, que são artérias usadas para a hemodiálise. Ambos estão confiantes. “A expectativa é a melhor possível, porque toda vez que a gente vai consultar os médicos estão vindo com boas notícias, nossos exames estão bons, está correndo tudo bem”, contou Adriano.
Transplante
Os rins que Luciano e Adriano receberam eram de uma mulher de 53 anos, que morreu devido a um acidente vascular cerebral (AVC), na Serra. Na época, a médica Luciana de Assis, coordenadora do serviço de transplante do Hospital Evangélico de Vila Velha, explicou que o fato eram incomum.
“Coincidentemente eles receberam a mesma carga genética do pai e da mãe, então, eles têm uma carga genética que chamamos de sistema HLA idêntico. Por isso essa coincidência dos dois estarem recebendo rins de um mesmo doador”, explicou a médica.
Fonte: Portal G1/ES.
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