O menino de 7 anos baleado na avenida principal do bairro Nova Rosa da Penha I, em Cariacica, na tarde da última quarta-feira (5), permanece internado com a bala alojada na barriga. Ele pediu aos familiares que rezassem por ele. A vítima ficou ferida durante uma troca de tiros entre criminosos. Na tarde desta quinta-feira (6), familiares da criança foram ouvidos pela Polícia Civil.
Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu quando suspeitos em um carro, modelo Cobalt de cor branca, passaram efetuando diversos disparos pela avenida principal do bairro. A criança estava com uma vizinha, voltando de um supermercado, quando foi ferida por um disparo na barriga. De acordo com a tia do garoto, que preferiu não se identificar, ela também voltava do supermercado quando ouviu os tiros. O menino não estava com ela no momento em que tudo aconteceu.
“Eu fui comprar um refrigerante e na volta ouvi os disparos, corri para casa, esperei um tempo e depois voltei na rua para ver. Quando cheguei lá, tinham muitas pessoas perto dele, quando me aproximei e vi o rostinho dele fiquei desesperada e corri para chamar a mãe dele.”
A tia da criança contou ainda que foi um morador que ajudou a socorrer a criança. “Não consigo nem saber quem foi, mas sei que colocaram ele no carro e levaram para o hospital.”
Após ser levada ao Pronto Atendimento de Alto Lage, a criança foi transferida para o Hospital Infantil de Vitória. Segundo o padrasto da criança, o menino foi para o hospital conversando e pediu para que a família rezasse por ele. Depois da cirurgia ele já acordou e pediu para falar com a mãe. “Ele veio conversando, pedindo força à mãe, pedindo para ela não chorar, orar por ele porque ele estava bem”, lembrou.
Na tarde desta quinta, a mãe e o padrasto foram encaminhados para prestar depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica.
MEDO
Com medo, nenhum morador da região quis falar sobre o tiroteio e a criança baleada. A segurança foi reforçada na região. Mas nenhum suspeito foi preso. “É tiroteio constante. A rivalidade é muito grande. É bem complicado. Isso acontece sempre”, disse um morador.
A tia da vítima lamentou a violência. “Agora você não vai ter paz de deixar uma criança na rua, de ir ao mercado comprar algo. Não dá coragem nem de ir nós mesmos, imagina levar uma criança”, indagou.
(Com informações da TV Gazeta).