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Aumento de casos de dengue coloca prefeitura de Vitória em estado de alerta

Devido às chuvas e temperaturas elevadas no mês de junho, o número de notificações de dengue continuou aumentando em Vitória durante o outono.

Isso é o que mostra o histórico epidemiológico da dengue na capital.

Segundo a equipe, que monitora semanalmente as notificações para a doença desde 1998, este ano, pela primeira vez, o número de casos de dengue aumentou ao invés de diminuir em junho.

Outro fator que é considerado pela equipe como responsável por esse aumento da doença nesse período é o retorno do vírus tipo 2 da dengue, que não circulava no município há cerca de sete anos.

“Essa combinação de situações fez o número de casos de dengue aumentar, não apenas no período esperado, que é de dezembro a abril, quando temos as condições climáticas favoráveis ao mosquito, mas também fora desse período, em maio e até junho. É uma situação atípica em relação aos anos anteriores em Vitória”, explica a gerente de Vigilância em Saúde, Arlete Frank Dutra.

Ações

Para combater a doença na capital e atender as pessoas com sintomas da dengue, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) vem mobilizando a rede de saúde e organizou uma série de ações em Vitória.

Nos fins de semana e feriados prolongados, as unidades de Pronto-Atendimento de São Pedro e Praia do Suá ganharão reforço para atender quem chegar ao local com sintomas da dengue, com pontos de apoio.

Esses pontos contarão com atendimento médico, de enfermagem, coleta de exames e hidratação venosa e oral para atender os pacientes.

Mutirão

A Semus também está intensificando atividades de prevenção à dengue, por meio de ações educativas, visitas domiciliares e mutirões.

Para auxiliar na busca por criadouros do mosquito e nas orientações à população, os agentes estarão com check list, disponível também no portal da Prefeitura de Vitória.

Segundo a secretária de Saúde de Vitória, Cátia Lisboa, esse tipo de ação é importante pois o combate aos focos dos mosquitos traz resultados significativos. “De acordo com estudos técnicos, 80% dos focos do Aedes aegypti estão no interior de imóveis. Sendo assim, a participação da sociedade é fundamental no combate ao mosquito que transmite os vírus da dengue, zika e chikungunya”, declara.

Educação

Além dos mutirões, a equipe de educação em saúde do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) também tem intensificado ações educativas. Apenas nos primeiros meses deste ano, foram feitas mais de 120 ações educativas onde aproximadamente 15 mil pessoas foram abordadas.

Arlete lembra que pela educação é possível criar hábitos e atitudes individuais e coletivas que favoreçam a saúde. “Sentimos maior impacto quando realizamos ações educativas nas escolas, com público infantil, que acaba se tornando um grande multiplicador de informações em suas famílias. Além disso, as abordagens em feiras e comércios também trazem resultados muito positivos”, explica.

Fonte: Vitória News

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