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Bebês internados em hospital vão passar por teste de coronavírus

Depois que um bebê de cinco meses foi diagnosticado com o novo coronavírus – desde que nasceu ele está internado no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra – as equipes de Neonatologia e da Comissão de Controle de Infecção Hospital (CCIH) decidiram investigar outros bebês do setor e bloquear o local para novas internações.

Além das crianças, funcionários do setor também serão testados, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A informação foi publicada com exclusividade na reportagem especial deste sábado, em A Tribuna, e também pode ser conferida no Tribuna Online.

O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves informou, por meio de nota enviada pela Sesa, que o bebê de cinco meses está internado na unidade desde o seu nascimento, em novembro do ano passado.

Ele foi diagnosticado com displasia broncopulmonar e, de acordo com o hospital, tem recebido toda assistência necessária ao seu quadro clínico.

“No dia 6 de abril, o paciente apresentou sintomas gripais tendo sido prontamente encaminhado para leito de isolamento e feita a coleta de exame para Covid-19, que resultou positivo”, diz um dos trechos da nota.

O hospital esclareceu ainda que o novo vírus é considerado de transmissão comunitária.

Pais

Os pais da criança – um menino – são um vigilante de 45 anos, que está desempregado, e uma professora, de 37 anos. A família é moradora de Vila Velha.
O vigilante contou que o parto foi prematuro, com 29 semanas de gestação, feito no dia 5 de novembro do ano passado, e o bebê precisou ser mantido internado porque apresentou broncodisplasia, uma doença que apresenta alterações na função respiratória.

Na segunda-feira (6), segundo o pai, o menino começou a apresentar quadro de febre e coriza e foi isolado no hospital.

“Ele foi mantido em um quarto e a rotina desses cinco meses apertou mais ainda. A gente não podia usar o banheiro coletivo e não podíamos tomar banho no hospital. Na quinta-feira, minha esposa estava lá e deram a notícia para ela, de que o exame de coronavírus deu positivo”, relatou.

Ao receber a ligação da mulher contando o diagnóstico, o vigilante correu para o hospital para buscá-la. Voltaram para casa, em Vila Velha, e a recomendação do hospital foi para que eles ficassem em quarentena, em casa.

Entretanto, a Secretaria de Saúde de Vila Velha, segundo o pai, ligou na última sexta-feira (10) para que o casal fosse ao Pronto Atendimento (PA) da Glória pedindo que fossem fazer o teste de coronavírus.

“Fomos hoje ao PA, mas nos deixaram por mais de 3 horas numa sala e depois disseram que não iam fazer o teste porque a gente não se enquadrava na categoria de risco. Além disso, nos mandaram assinar um termo de responsabilidade de que não podemos sair de casa. Eu não assinei! O teste é um direito básico que a gente tem. A gente não está isolado em casa, nós estamos com rotina de hospital. Minha esposa está com tosse seca. Eu estou com dor no corpo, sou asmático. Precisamos fazer o teste”, declarou revoltado o vigilante.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi procurada pela reportagem para detalhar o caso da criança, assim como a Prefeitura de Vila Velha, para explicar o procedimento no PA. Assim que a reportagem receber as informações, esta matéria será atualizada.

Fonte: Tribuna

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