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BOLSAS NOS EUA FECHAM – Bovespa Segue Despencando Após 2ª Suspensão Dos Negócios No Dia E Pregão; Principais Notícias Econômicas Em Todo Planeta


Bovespa segue despencando após 2ª suspensão dos negócios no dia.

A bolsa de valores brasileira, a B3, enfrenta mais um dia de forte turbulência nesta quinta-feira (12), e paralisou as negociações pela segunda na mesma sessão, o que não acontecia desde a crise de 2008. acompanhando os mercados financeiros globais em razão dos últimos desdobramentos ligados à pandemia do novo coronavírus.

Às 12h56, o Ibovespa tinha queda de 16,97%, a 70.716, após a segunda paralisação dos negócios do dia. Caso a queda chegue a 20%, a bolsa pode decidir por nova suspensão dos negócios (a duração será decidida pela própria Bovespa).

Às 11h12, o Ibovespa caía 15,43%, a 72.026 pontos, quando foi acionado o 2º “circuit breaker” do dia – sistema que interrompe os negócios automaticamente quando a queda supera 15%. A paralisação foi de 1 hora. Às 10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%, os negócios foram paralisados por meia hora.
É a 4ª vez na história da B3 que os negócios são paralisados pela 2ª vez na mesma sessão. A última paralisação de 1 hora por queda de mais de 15% tinha ocorrido em 6 de outubro de 2008. Foi também a 4ª suspensão das negociações numa mesma semana – e a primeira vez que isso aconteceu.
Entre as principais baixas desta quinta, Petrobras tinha queda de mais de 20%. Azul PN derretia 27% e Gol PN perdia 26%.
O catalisador para o tombo desta quinta é a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, anunciada na noite de quarta, de proibir viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.
A medida de Trump assusta os mercados, que seguem de olho nos impactos do coronavírus na atividade econômica mundial. Também na terça, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o surto como uma pandemia – logo depois, a bolsa brasileira caiu mais de 10%, e teve seus negócios paralisados. O Ibovespa encerrou a terça em baixa de 7,64%, 85.171 pontos.
MERCADO E OUTRAS NOTÍCIAS
Os mercados vivem mais um dia de fortes turbulências nesta quinta-feira (12), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar, por causa da pandemia de coronavírus, a suspensão de viagens a partir da Europa por 30 dias. A piora no cenário derrete as bolsas e faz cair os preços do petróleo, ao mesmo tempo em que o dólar bate novos recordes no Brasil.
Veja os principais destaques do dia:
Dólar: opera em alta 3,07%, a R$ 4,8665 (na abertura, bateu R$ 5,027)
Bovespa: queda de 17,04% (circuit breaker foi acionado duas vezes)
Ação da Petrobras (PETR4): queda de 20,57%
Ação com maior queda no Ibovespa: Gol, recuando 35,91%
Barril do petróleo Brent: opera em queda de 6,79%, a US$ 33,36
Barril do petróleo WTI: opera em queda de 4,46%, a US$ 31,51
Bolsa de NY (Dow Jones): opera com queda de 8,60% (circuit breaker foi acionado na abertura)
Bolsa de Frankfurt: opera em queda de 10,50%
Bolsa de Paris: opera em queda de 11,02%
Bolsa de Londres: opera em queda de 9,81%
Bolsa de Tóquio: fechou em queda de 4,41%
Bolsa de Xangai: fechou em queda de 1,52%
Veja os últimos destaques
O Banco Central da União Europeia anunciou o lançamento de um pacote de estímulo para combater o choque econômico provocado pelo coronavírus.
O Irã pediu ajuda ao FMI para combater o coronavírus.
A companhia aérea chilena-brasileira LATAM, considerada a maior da América Latina, anunciou nesta quinta-feira que reduzirá seus voos internacionais em 30% devido à menor demanda e restrições de viagens. Azul também fará cortes.
Juntando-se a uma lista crescente de vítimas corporativas do surto, a loja de varejos WH Smith previu uma perda de 40 milhões de libras para o lucro anual.
Já a operadora de lojas em aeroportos Dufry afirmou que que deverá cortar postos de trabalho depois de registrar uma queda de 7,3% nas vendas orgânicas. As ações das empresas caíram 17% e 16,8%, respectivamente.
O presidente dos EUA, Donald Trump, proibiu viagens da Europa aos EUA por 30 dias, a partir desta sexta-feira.
Na abertura da Bolsa de Nova York os operadores se cumprimentaram com os cotovelos.
Cronologia da crise do petróleo
A epidemia de coronavírus reduziu as expectativas de crescimento econômico global e a estimativas de demanda mundial pelo petróleo, fazendo recuar o preço da commodity. Empresas passaram a consumir menos energia, o número de voos de aviões se reduziu e a indústria chinesa enfrenta dificuldades.
Como forma de estabilizar os preços, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), grupo dos maiores produtores da commodity, que inclui a Arábia Saudita, propôs ampliar os cortes na produção – com a redução da oferta, os preços tendem a subir.
A Arábia Saudita, no entanto, condicionou o corte à colaboração da Rússia, um dos maiores produtores mundiais. O país não faz parte da Opep, mas há três anos é um aliado, sendo parte do que ficou conhecido como Opep+.
Na sexta-feira (6), a Rússia se negou a cortar sua produção. Em resposta, a Opep removeu todos os seus próprios limites de bombeamento. Com isso, o petróleo Brent sofreu sua maior queda diária em mais de 11 anos.
No final de semana, a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, retaliou a decisão russa, decidiu adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos e anunciou que iria aumentar a produção para ganhar participação no mercado.
A decisão deu início a uma guerra de preços, que afetou as cotações globais e teve repercussões em todo o mundo.
Os Estados Unidos podem ser particularmente afetados – não só por serem os maiores consumidores de petróleo, mas porque uma queda acentuada nos preços do petróleo torna pouco competitivo o óleo extraído no país – especialmente o produzido a partir do gás de xisto, cujos custos são altos.
Em mais uma jogada do xadrez dos preços, o Ministério de Finanças da Rússia afirmou que o país poderia suportar preços do petróleo de entre US$ 25 e US$ 30 o barril por um período de entre seis e dez anos.

Fonte: Radar Geral

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