Secretário da Receita apresenta proposta de Reforma Tributária e é repreendido
O governo Bolsonaro se envolveu em mais uma polêmica. Desta vez em relação à proposta de Reforma Tributária que adotaria imposto universal sobre todas as transações financeiras, bancárias ou não, com alíquota de 0,9% ou 1%.
A informação foi divulgada pelo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, em entrevista à “Folha de S.Paulo”. Cintra afirmou que a ideia é acabar com a atual contribuição sobre a folha de pagamento e que seriam, inclusive, extintas imunidades tributárias de instituições religiosas e filantrópicas.
Segundo o secretário, o novo imposto, chamado de Contribuição Previdenciária (CP), deve incidir, sobre o dízimo cobrado por igrejas. A medida, no entanto, foi desautorizada pelo presidente Bolsonaro, que se disse surpreendido com a proposta apresentado por Cintra.
“Todo o mundo vai pagar, igreja, a economia informal, até o contrabando. Como qualquer pagamento tem um pagador e um recebedor, vamos dividir em dois. Será 0,45% para o débito (pagador) e 0,45% para o crédito (recebedor)”, afirmou Cintra.
Em um vídeo na internet, Bolsonaro afirmou que nenhum imposto será criado para igrejas: “Quero me dirigir a todos vocês, dizendo que a declaração não procede. Quero dizer que em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas, que, além de terem excelente trabalho social prestado a toda a comunidade, reclamam eles, em parte com razão ao meu entendimento, que há bitributação nessa área. Então, bem claro: não haverá novo imposto para as igrejas”.
Fonte: MSN