Candidato à Presidência também minimizou a greve da PM, em 2017, e classificou o movimento de “paralisação”
O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, esteve em Vitória nesta terça-feira (31). Em evento partidário disse que, se eleito, Vitória terá colégio militar e minimizou a greve da PM no ano passado, considerando-a apenas uma paralisação.
Bolsonaro chegou pontualmente às 18 horas ao aeroporto da capital e foi levado nos ombros por apoiadores. Com o deputado federal Marcos Mannato (PSL) e o senador Magno Malta (PR), ambos concorrentes à reeleição, Bolsonaro discursou no Álvares Cabral por meia hora e garantiu:
“As escolas que funcionam no Brasil são as militares. A garotada só pode aprender se tiver hierarquia. Toda capital do Brasil terá uma escola militar até o segundo ano de governo. Vitória vai ter”.
E afirmou: “Não precisamos de jovens com apenas senso crítico, mas que saibam de Física”, criticando o que considera “doutrina de esquerda” e “diversidade de gênero” na sala de aula.
“Pai e mãe que decidem o sexo da criança. Eles que dão a educação sexual. Não é professor, porque sabemos que existe a deturpação”, disparou o candidato, em coletiva de imprensa, após discursar.
Indagado sobre a greve da Polícia Militar no Estado, classificou apenas como paralisação e garantiu que não fez parte. “Não estive no Espírito Santo. Muitos foram pegos em grampos e meu nome não apareceu. Não posso coadunar com qualquer tipo de greve. Mas o que eu vi no Espírito Santo foi paralisação”.
Quando houve insistência por parte da imprensa, o candidato ameaçou deixar a coletiva e afirmou. “Não acho que foi motim ou greve aqui e ponto final”.
Pouco depois, quando perguntado sobre Previdência para militares, opinou: “Vamos dar a eles todos os direitos do artigo 7º da Constituição, até de greve. O problema maior é a Previdência pública”.
Aliado de primeira hora, o senador Magno Malta pediu ao presidenciável que, se eleito, devolva o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) ao Estado. Bolsonaro em discurso afirmou: “Vou recuperar para vocês”. Na coletiva, ponderou que aquilo não era promessa, porque ainda não está em campanha.
Ataque a políticos e piada com cearense em discurso
Ovacionado por militantes desde sua chegada a Vitória, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) atacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e também fez piada com cearense.
Em um discurso repleto de ataques a políticos, mesmo tendo sete mandatos, ele se apresentou como opção à dualidade entre PT e PSDB: “Nós, das Forças Armadas, somos os últimos obstáculos ao socialismo. Perderam em 1964, em 2016, e vão perder em 2018”, afirmou, enquanto ouvia a plateia gritar “mito”.
E completou: “O Brasil não aguenta PT e PSDB. São irmãos univitelinos. O pai do Lula é o Fernando Henrique, um cabra cuja a bandeira agora é a liberação da maconha. Eu o chamo de princesa Isabel da maconha. O boca murcha que diz que PT e PSDB devem se unir contra o conservadorismo”.
Também ironizou seu concorrente, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT): “Uma vez sardinha, sardinha até morrer”. Contou que, em viagem a Taiwan, encontrou um cearense que não volta ao Brasil por falta de oportunidades: “Olhei para cara dele, pelo tamanho da cabeça, e pensei: ‘esse cara não é ching ling’. Espero não ser processado por isso”.
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