O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma publicação nas redes sociais na noite desta 4ª feira (9.fev) em que diz repudiar a ideologia nazista e equipara as ideias que levaram ao Holocausto ao comunismo.
“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e qualquer ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e do indivíduos, como o direito à vida e à liberdade”, iniciou o presidente.
“É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis”, acrescentou.
A declaração de Bolsonaro vem após dois episódios recentes relacionados ao nazismo. Na 3ª feira (8.fev), o apresentador Bruno Aiub — conhecido como Monark — foi desligado do podcast Flow depois de dizer que deveria existir um partido nazista legalizado no Brasil. Na ocasião da fala, Monark estava acompanhado dos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP). Kataguiri chegou a afirmar que o nazismo não deveria ter sido criminalizado na Alemanha. O parlamentar e o apresentador estão sendo investigados pelo Ministério Público.
Outro episódio aconteceu nesta 4ª feira (9.fev), quando o comentarista Adrilles Jorge foi demitido da Jovem Pan depois de fazer um gesto associado à saudação nazista, exatamente depois de comentar o caso de Monark — e também comparar o nazismo ao comunismo.
Vinte minutos após a publicação do pai, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também usou as redes sociais para defender Adrilles e para falar de um projeto apresentado à Câmara no qual pede a criminalização do nazismo e do comunismo:
“PL 4425/2020 criminaliza nazismo (luta de raças) e comunismo (lutas de classes), pois eles geram genocídios. Coleto assinaturas pedindo sua urgência no momento em que autoridades defendem criar partido nazista ou invadem igreja”, escreveu o parlamentar.