O Sistema BRT estuda reativar, ainda sem prazo determinado, as 22 estações que conectam o Terminal de Campo Grande ao restante da linha Transoeste. Para isso a intervenção municipal que está há quatro meses a frente do sistema projeta que precisará de 25 ônibus do modelo Padron — não articulado e com apenas uma porta frontal — na linha ao longo da Avenida Cesário de Melo. Hoje a frota conta com 14, mas apenas nove estão operando. O custo para o projeto sair do papel é de no mínimo R$ 4,4 milhões e terá de ser arcado pelas empresas que compõem o Consórcio.
As linhas que vão do Terminal de Campo Grande até a estação Curral Falso seriam utilizadas como alimentadoras. Os passageiros entrariam nas estações já descaracterizadas como o EXTRA antecipou e validariam a passagem dentro do ônibus — que ainda terão de ter roletas instaladas. O procedimento vai contrário ao propósito das linhas de BRT que são projetadas para agilizar a entrada dos passageiros, pagando a passagem já na estação.
— As estações serão abertas, sem catracas. Terá só um teto para proteger as pessoas da chuva e do sol. E as linhas alimentadoras vão rodar por ali na faixa exclusiva. O passageiro entrará no ônibus comum e validará o cartão no veículo — afirma Salomão, defendendo que a região não tem demanda para ônibus articulados do BRT.
Na estação Curral Falso os usuários terão de sair do ônibus e aguardar a chegada dos articulados que integram com o restante de toda a linha Transoeste.
No corredor eram transportadas cerca de 30 mil passageiros por dia. A média de calotes diários era de 57% (17 mil), além de 15% de gratuidades contabilizadas (5,3 mil). Hoje os passageiros podem utilizar a Linha 17, criada em regime de contingência para suprir o fluxo, que faz o mesmo trajeto por fora da faixa exclusiva.
O Padron é um ônibus de piso elevado e estrutura semelhante aos ônibus articulados, mas com apenas 13 metros de comprimento. Cada veículo tem um valor de R$ 400 mil.
Fonte: Extra