O preço do ovo de galinha teve um aumento expressivo de 15,4% em fevereiro, tornando-se um dos principais vilões da inflação. A alta foi impulsionada por fatores sazonais, como o aumento da demanda na Quaresma, além de questões climáticas, como o calor extremo que reduziu a produção das aves, e o aumento nos custos de insumos como milho e farelo de soja. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontou que a escassez de matrizes poedeiras mais velhas e a reposição demorada também impactaram a oferta.
A alta no preço dos ovos foi observada tanto no mercado interno quanto no atacado, com preços de ovos brancos do tipo extra subindo 42% em comparação a janeiro. A ABPA sugeriu que medidas como a redução de tarifas de importação de insumos poderiam ajudar a diminuir os custos e a pressão sobre os preços.
O Brasil, quinto maior produtor mundial de ovos, exportou 57,5% a mais em fevereiro de 2025, com destaque para os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos, que aumentaram suas importações. Apesar disso, a exportação não afetou significativamente os preços internos, já que apenas 0,9% da produção é destinada ao mercado externo.
A expectativa para os próximos meses é de que os preços se estabilizem após a Quaresma, dependendo do equilíbrio entre oferta e demanda. O Brasil prevê produzir 59 bilhões de ovos em 2025, com um consumo médio estimado de 272 unidades por pessoa.
(IMAGEM: Marcelo Camargo/Agência Brasil)