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Capixaba desaparecido na França foi levado para hospital e liberado com celular desligado; família continua sem notícias

O rapaz mudou-se para a Irlanda há aproximadamente 2 meses

A família do estudante Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, que está desaparecido desde o último domingo (23) na Europa foi informada que ele foi levado pela polícia do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, na França, onde foi visto pela última vez, para um hospital da cidade.

O rapaz passou a noite no local e foi liberado na manhã do dia 24, com o passaporte e o celular, mas o aparelho estava sem bateria.

Para ajudar a família a encontrar o rapaz, neste sábado (29), pessoas solidárias que vivem em Paris, de diferentes nacionalidades, estão colando cartazes pelas ruas da cidade com fotos do estudante e telefones de contato.

O rapaz mudou-se para a Irlanda há aproximadamente 2 meses e tinha planos de passar um ano estudando inglês no país europeu.

Segundo os familiares, o jovem já havia enfrentado problemas ligados à síndrome do pânico no Brasil, mas fez tratamento e estava bem até 2 semanas atrás. O irmão relatou ao Folha Vitória que nas últimas semanas, Robson voltou a apresentar indícios de recaída.

Com isso, o estudante decidiu que o melhor seria retornar ao Brasil. No domingo, última vez em que os familiares conseguiram falar com Robson, o rapaz contou que iria procurar tratamento psiquiátrico.

Solidariedade

A informação de que Robson foi levado do Aeroporto Charles de Gaulle para um hospital foi conseguida por meio da ajuda de uma advogada francesa, que se solidarizou com o caso e, mesmo sem ser contratada pela família, procurou a polícia e o aeroporto para obter dados, e procurou a família.

“As pessoas estão sendo muito solidárias na nossa busca. Brasileiros que moram na Europa, brasileiros nacionalizados na França, italianos, argentinos, espanhóis e pessoas de diversas outras nacionalidades estão tentando encontrá-lo voluntariamente”, contou a irmã de Robson, a advogada Cyntia de Freitas Amorim Silotti.

Cyntia disse que ela ligou para o Consulado Brasileiro para dar a informação e que o órgão procurou a advogada francesa para confirmar os dados.As informações foram confirmadas, mas Robson ainda não foi encontrado.

Boletim de ocorrência

Além da advogada, Cyntia contou que uma outra mulher, também francesa, se solidarizou e registrou um boletim de ocorrência na polícia de Paris sobre o desaparecimento do estudante. “Ainda não havíamos conseguido fazer isso e uma pessoa que não nos conhece lá da França está nos ajudando”.

E, neste sábado (29), moradores de Paris, de diferentes nacionalidades, estão colando cartazes pelas ruas da cidade com fotos do estudante e telefones de contato.

“Estamos recebendo vídeos desse apoio. Os cartazes estão sendo colados na ruas, no metrô, no aeroporto. Estamos muito gratos e não vamos parar até ele aparecer”, disse Cyntia.

Apesar de tamanha solidariedade, ela contou que, infelizmente, a família também tem recebido trotes de pessoas afirmando que estão com ele, mas não é verdade.

“Estamos apelando para as autoridades que nos ajudem a encontrar o meu irmão”, pediu ela.

Consulado brasileiro confirma sumiço de capixaba em Paris

O Consulado-Geral do Brasil em Paris confirmou à Agência Efe que está “fornecendo todo o apoio necessário” à família do estudante capixaba. As informações são do Portal R7.

Porta-vozes do Consulado disseram que estão em contato com a família de Robson, desde o dia 24 de janeiro, e que estão “fazendo todos os arranjos possíveis com as autoridades francesas”.

Em algumas declarações à imprensa e em redes sociais, familiares do estudante disseram que ele sofria de doenças psiquiátricas e morava na Irlanda, onde trabalhava e estudava. Lá, teria sofrido um surto psicótico e embarcado para a capital francesa.

Convencido pela família, ele viajaria de Paris para o Brasil, mas teria desistido de embarcar no aeroporto após ter uma crise de ansiedade, e, desde então, não foi localizado.

Fonte: Folha Vitória

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