Mesmo com o crescimento do número de casos do novo coronavírus em Minas Gerais, algumas pessoas seguem descumprindo o isolamento social, recomendado pelas autoridades de saúde.
O BHAZ flagrou, neste domingo (19), grupos realizando atividades físicas ao ar livre e até mesmo colocando a conversa em dia.
Dados do Boletim Epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam que o Estado tem 1.154 casos confirmados da Covid-19 e 39 mortes. A pasta investiga outros 80 óbitos.
Belo Horizonte segue sendo a cidade mineira com o maior número de infectados. Até este domingo, BH tinha 440 confirmações para a enfermidade e oito mortes.
Isolamento descumprido
Nem mesmo o crescimento no número de casos tem sido capaz de “segurar” algumas pessoas em casa. O BHAZ viu grupos realizando caminhadas e corridas em ruas. Algumas aproveitaram o domingo para conversar em praças.
Os registros foram feitos nas regiões de Venda Nova, Pampulha e Centro-Sul. Em todos os flagrantes, os moradores sequer utilizavam máscaras de proteção. A irresponsabilidade preocupa a comerciante Liliane Costa.
“É complicado demais. O pessoal parece que não está acreditando no perigo do vírus e fica andando sem proteção, sem máscara”, disse à reportagem.
Josiele Souza trabalha em uma rede de supermercados e tem ficado preocupada com o número de pessoas nas ruas. “As pessoas estão saindo muito de casa. Aqui em Venda Nova a gente vê, o tempo todo, moradores andando e o pior: sem máscaras”.
‘Perigo’
Praticar atividades físicas ao ar livre ou até mesmo reunir os amigos na praça é rotina para muitos belo-horizontinos. No entanto, as atividades não são recomendados durante a pandemia da Covid-19.
“Raramente vemos alguém fazendo caminhada ou corrida sozinho e aí que está o perigo, pois pode formar aglomeração. Durante a atividade, a pessoa acaba conversando e, consequentemente, eliminando gotículas que podem transmitir a doença aos demais que estão ao redor”, alerta o infectologista Leandro Curi.
O profissional de saúde destaca que o momento é de permanecer em casa. “As pessoas estão com a falsa sensação de segurança já que os números de Minas são menores quando comparados com outros Estados. O ideal é ficar em casa e fazer as atividades por lá mesmo”, acrescenta.
Fonte: BHAZ