Eles foram criados para “ajudar” fumantes a abandonarem o tabagismo. Porém, o uso do cigarro eletrônico já tem provocado mortes e doenças respiratórias, levando os médicos a alertarem para os seus riscos.
Pelo menos 450 pessoas já tiveram registros de doenças pulmonares nos Estados Unidos e 17 mortes foram confirmadas.
Pesquisadores estudam a causa das mortes, que ainda não foi definida. Mas um estudo publicado no Jornal de Medicina New England mostrou que o dano causado pelo cigarro eletrônico aos pulmões se assemelha a queimaduras químicas. A pneumologista Jéssica Polese explicou que o cigarro contém um vaporizador, onde um líquido é posto no reservatório e aquecido.
“Esse líquido contém várias substâncias – que dão cheiro e sabor – e pode ter nicotina. Não sabemos exatamente o que pode ser colocado no vaporizador”, destacou.
A médica ressaltou que a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia pediu que seja evitado o uso do cigarro. “Teoricamente, ele foi criado por não causar dependência química. Entretanto, não há estudos que comprovem sua eficácia”, alertou.
Presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS), Seccional Espírito Santo, a pneumologista Simone Prezotti afirmou que entre os sintomas que o cigarro tem causado estão: falta de ar, tosse, dor no peito, náuseas, vômito diarreia e dor abdominal.
“Algumas pessoas evoluem com insuficiência respiratória, necessidade de intubação e ventilação mecânica, até internação em UTI”.
Já a pneumologista Ciléia Victoria, do Hospital Metropolitano, afirmou que tanto o cigarro comum quanto o eletrônico causam malefícios para a saúde.
“O cigarro comum mata a longo prazo, todavia o eletrônico está matando de forma agressiva e rápida. Fuma-se muito e se expõe à queima dos fluidos que vêm nele, levando à morte rápida e súbita”.
Fonte: Tribuna