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Como a brucelose pode impactar na saúde animal e humana

O Idaf orienta todos os produtores para que procedam o esquema vacinal nas fêmeas, de modo a evitar os prejuízos decorrentes da ocorrência da brucelose

O Espírito Santo registra prevalência de 9,3% de focos de brucelose, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), sendo enquadrado como ‘classe C’, que sinaliza os estados com prevalência de focos entre 5% e 10%. A doença coloca em risco não apenas o rebanho bovino, mas, por tratar-se de zoonose, pode também acometer os seres humanos. Com o intuito de ampliar a conscientização quanto à importância e à necessidade da vacinação contra a brucelose, o Idaf iniciou na terça-feira passada (12), o “Plano de Comunicação e Educação em Saúde Animal – Brucelose (2022-2023)”.

Como não há um calendário de vacinação, como ocorre com a febre aftosa, por exemplo, muitos produtores se esquecem da imunização, que é obrigatória em bezerras de três a oito meses de idade. Por isso, a ideia é desenvolver ações visando sensibilizar produtores, trabalhadores, médicos-veterinários e vacinadores sobre aspectos sanitários e econômicos relativos à brucelose, fomentar as notificações para fortalecer o sistema de vigilância sanitária, ampliar o índice de cobertura vacinal contra brucelose no Espírito Santo e, posteriormente, reduzir a prevalência e incidência da doença no Estado.

De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, o Espírito Santo registra índice vacinal para a brucelose em torno de 76%, abaixo do preconizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é de 80%. “Precisamos que os produtores se empenhem para vacinar os animais, pois, além de possíveis restrições de mercado que podem ser impostas aos estados que estão abaixo do índice exigido, a ausência da imunização expõe o rebanho ao risco de serem acometidos pela doença. Os prejuízos refletem na renda dos proprietários de gado leiteiro, por exemplo, já que um dos sintomas é a baixa produtividade”, disse Monteiro.

 

Número de casos subestimado

O gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Raoni Cezana Cipriano, explicou que o número de casos no estado pode estar subestimado, já que muitos criadores desconhecem os principais sintomas ou não associam à doença. “É importante que os criadores estejam atentos a queda na produção leiteira, repetições de cio, nascimentos prematuros, abortamentos no terço final da gestação, entre outros indícios que podem indicar a ocorrência da brucelose no rebanho”, alertou Cipriano.

A principal estratégia é a vacinação (obrigatória) de dose única, que deve ser feita apenas em fêmeas. Outras estratégias para prevenir a introdução da doença são a aquisição de animais provenientes de “propriedades livres” e a realização de exames anuais no rebanho.

Fonte:correiodoestadoonline.

 

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