Policiais civis participavam de ato pela valorização salarial, na Reta da Penha, nesta manhã (25). Segundo associações, eles confrontaram motociclista que teria tentado atropelá-los.
A Corregedoria da Polícia Civil vai apurar a conduta de policiais que se envolveram em uma confusão com um motociclista durante uma manifestação da categoria, na manhã desta segunda-feira (25), na Reta da Penha, em Vitória. Em nota, sindicatos e associações que organizaram o movimento disseram que o motociclista quase atropelou os policiais momentos antes.
Os policiais civis estavam nas ruas em uma manifestação pela valorização salarial e contra a reforma da previdência. A ação foi convocada por entidades como o Sindicato dos Delegados de Polícia do Espírito Santo (Sindepes), Associação dos Delegados de Polícia (Adepol-ES), Associação dos Investigadores da Polícia Civil (Assinpol-ES) e Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sinpol-ES).
Em um vídeo que circula nas redes sociais, os policiais – sendo um homem e uma mulher – aparecem gritando com o motociclista, que está parado metros antes da manifestação, vestindo um uniforme dos Correios. Quem registrou a cena foi um outro motociclista, que também estava parado ao lado.
A gravação mostra quando o policial segura o braço do motociclista e o manda “calar a boca”. Em seguida, o motociclista que está filmando fala algo e a policial mulher tenta tirar o celular da mãe dele, parando a gravação.
Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil confirmou que as pessoas que aparecem nas imagens são policiais civis e que todas as providências cabíveis serão adotadas pela Corregedoria.
“A PCES destaca que não compactua com desvios de conduta e ressalta que atitudes como as apresentadas nas imagens não refletem o treinamento oferecido aos policiais que ingressam na academia”, diz a nota.
Entidades
Procuradas, as entidades de policiais civis disseram que enviaram aos Correios um documento pedindo que o órgão tome providências em relação à conduta do funcionário. Segundo o documento, o motociclista quase atropelou policiais civis que estavam na manifestação. O documento é assinado pelo Sindepes, Adepol, Assinpol e Sinpol.