Buscando inovar as corridas diárias, um casal de professores de Guarapari decidiu adotar uma moda que começou na Suécia, o plogging, modalidade de “ginástica ecológica”.
Além da atividade na areia da Praia do Morro, o professor de Educação Física Diogo Gama, de 33 anos, e a mulher, Carina Cristóvão, de 31, agora correm com luvas e sacolas plásticas para recolher o lixo encontrado por onde passam.
“Já fazíamos nossa corrida e caminhada diária e observávamos muito lixo jogado na praia. As pessoas vão embora, mas deixam para trás o que consomem. Resolvemos, então, tirar um dia da semana para recolher o lixo encontrado na areia”, contou Diogo.
A proposta de uma ginástica sustentável surgiu em 2017, na Suécia, quando o ambientalista Erik Ahlström organizou um grupo de corrida pelas redes sociais para lançar a ideia do plogging (junção de jogging, correr, em inglês, e plocka upp, apanhar, em sueco).
Para a prática do plogging, além de iniciativa e força de vontade, é preciso levar luvas e sacos plásticos para recolher o lixo encontrado pelo caminho.
Os profissionais da área dizem que, além de fazer bem ao meio ambiente, é possível variar os exercícios a cada tipo de material recolhido.
“Coletamos, no mínimo, 60 litros de lixo a cada caminhada. Nas férias, já recolhemos 90 litros de lixo. Realmente, é uma carga a mais que nos permite queimar mais calorias e, ao mesmo tempo, contribuir para a natureza”, comentou Diogo.
Para o casal de Guarapari, recolher o lixo também é uma forma de dar exemplo, pois considera que esse papel não é exclusivamente do poder público, mas de cada pessoa.
“Precisamos dar o exemplo. Jogar lixo na areia da praia é errado e incomoda. Pessoas que praticam o plogging acabam mostrando que essa prática de jogar lixo fora da lixeira só prejudica o meio ambiente”, salienta Carina.
O professor completou dizendo que o plogging não precisa, necessariamente, ser na areia da praia.
“Pode ser feito em qualquer lugar. Não jogar lixo no chão é uma regra para preservar o meio ambiente, ter mais tempo de vida. Estamos contribuindo com quem não faz o seu papel na natureza”.
Fonte: Tribuna