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Duas professoras de Rio Bananal e mais 9 pessoas são indiciadas a justiça por fraude em diplomas de graduação

Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), denunciou à justiça 11 pessoas investigadas nas duas fases da Operação Mestre Oculto, que apura um esquema criminoso para obtenção de diplomas de curso superior, visando especialmente à nomeação em cargos públicos. Quatro dos envolvidos estão presos nas penitenciárias de Colatina e de Linhares e dois continuam foragidos.

Segundo o MPES, os denunciados são: Rayza Cazelli Tom, Rosana Valente Zampieri de Castro Alves, Maria Lúcia Ferreguetti Gava, Maria das Graças Lopes Gava, Vitório Aloizio Thomasi e Anália Ribeiro Santana de Souza (todos presos); Everaldo Tom dos Santos e Marinete Assis Cazelli Tom estão foragidos. Os outros envolvidos são Victor Côvre, Stefany Ferreguetti Gava e Marcelo Loureiro Ucelli. A denúncia foi protocolada na última quinta-feira (23).

O MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte) e da Promotoria de Justiça de Rio Bananal, argumenta que os denunciados se associaram para cometerem crimes sistemáticos de estelionato, falsidade ideológica e contra o consumidor, mantendo diversas pessoas em erro. Eles prometiam a entrega de diplomas de graduação, pós-graduação e cursos livres a professores, sem a necessidade de comparecimento às aulas presencias em faculdades diversas, inclusive de outros Estados, como Minas Gerais.

De acordo com o MPES, a associação criminosa foi descoberta após trabalho da Controladoria do Município de Rio Bananal. Ao analisar documentos de graduação, pós-graduação e certificados, apresentados por candidatos a vagas de professores, ficou constatada incongruência em relação ao local das aulas, os cursos e o local de residência e trabalho dos respectivos profissionais. A partir dessas informações, as investigações foram aprofundadas.

Esquema

Uma das envolvidas foi presa no último dia 14. Foto: MPES/divulgação

De acordo com as investigações, Everaldo, Marinete, Rayza e Victor (mãe, pai, filha e genro, respectivamente), constituíram duas faculdades: a IAPE (Gestão, Consultoria, Assessoria e Planejamento Educacional Ltda Me) e a Faculdade de Pinheiros (FAP), para comandarem a venda de diplomas e certificados, sem que os alunos participassem efetivamente das aulas.

Os quatro são considerados os cabeças do esquema criminoso, e teriam se associado para cometer crimes sistemáticos de estelionato, falsidade ideológica e contra o consumidor, durante vários anos.

A apuração mostra que Rosana Valente Zampieri de Castro Alves, considera uma intermediária, criou o Instituto Capixaba de Educação Ltda (ICEL). Já Vitório, Maria Lúcia, Stefany e Marcelo, criaram o Instituto École, sendo os fornecedores diretos de alunos ao IAPE e à FAP.

“Após as apreensões e prisões, restou demonstrado, em linhas gerais, que entre os anos de 2009 a 2014, a denunciada Maria das Graças Lopes Gava era responsável por angariar o maior número de professores que já possuíam a primeira graduação. Para tanto, era feita falsa promessa de um segundo diploma de graduação de forma facilitada, apenas comparecendo a encontros promovidos pelos denunciados Maria Lúcia Ferreguetti Gava, Vitório Aloizio Thomasi, Marcelo Loureiro Ucelli e Stefany Ferreguette Gava, através do Instituto École”, diz trecho da denúncia.

As investigações mostram ainda que alguns alunos faziam a inscrição por uma faculdade, mas recebiam o diploma emitido por outra instituição, mesmo nunca tendo comparecido aos respectivos locais, tampouco realizado trabalhos ou atividades avaliativas.

Percebendo a lucratividade dos negócios fraudulentos, em 2015, Anália desvinculou-se do Instituto ICEL e criou o Instituo de Educação de Rio Bananal (IERB), e, por conseguinte, convidou Maria das Graças para trabalharem juntas.  A denunciada Maria das Graças desligou-se do Instituto École e passaram a tratar diretamente com o IAPE e a FAP, formado pela família Tom. As informações são do site ES Hoje.

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