Dois candidatos proclamam vitória na eleição de sexta-feira e cuja apuração só terminou na madrugada de sábado
A eleição para a presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-ES) vai parar no tapetão. Dois candidatos proclamam vitória na eleição de sexta-feira e cuja apuração só terminou na madrugada de sábado: a oposicionista Lúcia Vilarinho, ligada ao PT, diz que venceu o pleito por 62 votos de diferença sobre o candidato da situação, Geraldo Ferreguetti; este, por sua vez, afirma que ganhou com uma dianteira de 89 votos.
A confusão
A urna de Linhares chegou a ser impugnada pela comissão eleitoral, mas Ferreguetti conseguiu uma liminar, na Justiça Federal, mandando reconsiderar a eleição na cidade, onde o candidato teve votos suficientes para suplantar Lúcia. Agora o resultado do pleito será decidido pela comissão eleitoral do ES e do DF. Se não houver acordo, será decidido na Justiça.
Pelas beiradas
O governo do Estado tem convidado aliados muito próximos de Luciano Rezende para eventos oficiais. Trata-se de uma tentativa inicial de aproximação com o prefeito de Vitória, adversário declarado do Palácio Anchieta.
Cortou, deixou
Enivaldo dos Anjos (PSD) apresentou uma PEC que reduz à metade o número de deputados estaduais: de 30 para 15. Enivaldo, aliás, já declarou que pode concorrer ao Senado.
Constatação
A maioria da elite que é contra a reforma da Previdência já está de férias.
O preço da violência
Vereadores de Nova Venécia estão reivindicando que sejam instalados no município uma delegacia 24h e uma unidade do Departamento Médico-Legal.
O consolo
Muita criativa a mensagem do TRE-ES aos eleitores de cidades com voto biométrico. “Torcedores capixabas do @Flamengo: ainda dá para conquistar um título este ano! Corram para a biometria obrigatória em Vila Velha, Ibatiba, Presidente Kennedy e Anchieta. Evitem filas!”
A nova ordem
O Banco Mundial acaba de anunciar o fim do financiamento a combustíveis fósseis a partir de 2019. E o Brasil (e o Espírito Santo também) continua sua corrida louca pelo petróleo.
Que país é este?
O futebol brasileiro hoje tem como características ser violento, ineficiente e corrupto. Como o país.
Alô, preguiça!
Esta é a última semana útil do ano ou a primeira inútil do fim de ano?
Caos na BR
Placa de sinalização encoberta pelo mato que toma as margens da BR 262 em Domingos Martins: abandonada pelo governo federal, a rodovia que traz os turistas de Minas Gerais para o Espírito Santo, principalmente no verão, agoniza. Foto do leitor
Minientrevista
No quarto mandato na presidência da Academia Espírito-santense de Letras, o professor e escritor Francisco Aurélio Ribeiro fala de literatura e do hábito de ler.
Os brasileiros gostam de ler?
Infelizmente, não. A leitura não é hábito cultivado por brasileiros, de modo geral. A leitura de livro, então, não é cultivada nem mesmo entre os profissionais das letras.
O que é preciso fazer para estimular a leitura?
Leitura se aprende em casa, na sociedade e se desenvolve, ou não, na escola. Na verdade, as crianças e os jovens refletem o mundo em que vivem. Se ninguém ao seu redor lê, ela não será diferente
A internet e as redes sociais ajudam?
Não sei ainda. Parece que o povo está lendo muito, pelo menos aquilo que circula nas redes. Se isso irá gerar o hábito de ler livros, revistas, jornais, de pesquisar textos completos e não fragmentos veiculados nas redes, não sei.
Um bom livro, obrigatoriamente, tem que ter…
Uma linguagem bem-cuidada e sedutora, preocupação com a estética, se for literário, com a ética, se for científico. Bom livro é como um bom vinho que, ao chegar ao final, a gente fica com pena de ter acabado e aquele retrogosto de quem apreciou uma iguaria.
Você já aderiu à leitura digital?
Só profissionalmente. Às vezes, participo de júri de concurso literário e sou obrigado a ler livros digitais. Prefiro o velho livro de papel. Livro é igual a gente: precisa do contato humano.
Por:
Leonel Ximenes