Após suspeita de intoxicação, escola afasta merendeira e retoma aulas. Ao todo 27 crianças foram hospitalizadas após refeição servida na unidade na última sexta com sintomas de intoxicação alimentar
Os números ainda não haviam sido fechados, até as 22h30, desta sexta-feira, 16, momento em que a Reportagem do jornal deixou o Hospital e Maternidade Anchieta, pelo menos 13 crianças haviam dado entrada com sintomas de dores abdominal, vômito e diarreia, segundo, Paloma Ports, diretora Administrativa da instituição.
N o P r o n t o Atendimento, PA, mais 20 crianças haviam sido internadas até as 22h00, com os mesmos sintomas. Todos alunos da Escola Municipal Novo Horizonte.
A Reportagem esteve no PA e constatou a presença de muitas crianças que ainda estavam em atendimento, bem como, no Hospital do Mepes, outras já haviam sido liberadas. Os pais se aglomeravam no entorno das duas instituições de saúde em busca de socorro e explicações por parte da direção da escola ou da secretária de Educação que chegou ao PA por volta das 21h00.
De acordo com o pai de uma aluna, o eletricista Alexandro Mendes Siqueira, 40 anos, residente no bairro Vila Samarco, a filha dele de 4 anos acontecido, disse que não foi só na Escola Novo Horizonte, que em outras escolas haviam ocorrido situação semelhante.
A diretora me disse que acionou a Vigilância Sanitária e que tomou todas as providências possíveis. Deram todo suporte, agora eu estou mais tranquila, fico um pouco apreensiva porque tem outras crianças envolvidas”, disse a atendente.
NÃO TEM DIAGNÓSTICO AINDA A Reportagem conversou com a coordenadora de enfermagem do PA, responsável pelo plantão, Adriana Fávero Jorge que assegurou que as crianças começaram a chegar no Pronto Socorro por volta das 17h40, algumas com náuseas, dor abdominal, outras com vô- mito e diarreia.
“Não confirmamos que foi intoxicação alimentar, vamos fazer a notificação. Não podemos falar qual foi o motivo, só após uma investigação feita pela Vigilância Epidemiológica e pela Vigilância Sanitária é que se chega ao fato.
Primeiro a gente tem que cuidar dos sintomas, vamos cuidar dos pacientes e prestar assistência para eles, todas foram acompanhadas pelo médico e medicadas, algumas estão sendo liberadas. A equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde já foi informada, já enviou o suporte para gente, sozinhos não daríamos conta de fazer as notificações de todos, agora com calma, vamos pegar todos os dados dessas crianças para ser feita uma investigação. Só a partir dessa investigação é que vai se chegar uma causa”, ressaltou. Informou a coordenadora que foram atendimentos simples.
A orientação é que se tiver um agravamento do quadro que retorne à unidade. “Todas já ficaram no soro, se continuar volta para cá e nós fazemos o atendimento novamente”. HOSPITAL ABRE NOVOS QUARTOS No Hospital de Anchieta, a diretora Administrativa, Poliana Ports frisou que 13 crianças tinham sido atendidas até as 22h30.
Mas, um dos diretores da instituição falou que naquele horá- rio estava chegando mais crianças com os mesmos sintomas. Poliana disse que além dos quartos disponíveis para internação no Hospital teve que providenciar mais três para dar conta do número de crianças.
Além de ter solicitado mais profissionais para a área técnica de enfermagem, todos os consultórios estavam cheios. CARDÁPIO O gerente de Comunicação da Prefeitura, Flávio Simões ressaltou que estava buscando todas informações Por Luciana Maximo saiu de casa bem para a escola.
“Na escola ela comeu a merenda, ela disse que havia comido carne moí- da, arroz e suco. Se formos analisar, trata-se de uma comida saudável. Depois que chegou em casa por volta das 17h00, ela caiu no chão e perdeu as forças. Eu tomei um susto e corri ao PA.Cheguei ao PA e vi outras crianças e não sabia qual era o caso, mas eram todos na mesma situação. Tem que analisar para ver o que é”, disse.
A atendente de padaria, Poliana dos Reis, 24 anos, residente em Arerá, é mãe de um aluno de 08 anos que também passou mal depois de merendar na escola. “Depois que chegou da escola estava passando mal, vomitando. Até então, eu não sabia que era alguma coisa relacionada ao que havia comido no colégio, eu achava que era normal, até eu chegar com ele no Pronto Socorro e ver que haviam outras crianças. O médico disse que pode ser uma intoxicação alimentar. Meu filho ficou no soro e teve alta”.
Poliana assegurou que o pessoal da escola esteve no PA e prestou todo o atendimento necessário. “A diretora disse que a escola já tomou providências, mas não sabia o que tinha Alunos de Anchieta lotam PA e hospital após passarem mal com vômito, diarreia e dor abdominal, a causa ainda é desconhecida relacionadas ao caso e assim que tivesse passaria uma nota ao jornal.
A priori ele disse que escola serviu no cardápio, arroz, feijão e carne moída. Disse ainda que a Vigilância Sanitária esteve na escola, junto com o Conselho da Merenda Escolar e uma nutricionista. Afirmou que todos os alimentos estavam dentro do prazo de validade. Disse ainda que não somente em Anchieta vem ocorrendo casos como o que houve citou Piúma que também estaria passando por situação semelhante.
A reportagem entrou em contato com a secretária de Saúde de Piúma, Ana Luiza Ferreira Mathias para confirmar se está ocorrendo situação semelhante a Anchieta. Ela disse que tudo está dentro da normalidade, e quem não há registro de algum nesse sentido.
No Hospital do Mepes uma servidora da escola foi procurada para contar o que havia ocorrido, mas ela limitou-se a dizer que não falaria nada pois o caso não interessava a ninguém. No Hospital professores faziam um cerco tentando impedir que as informações vazassem, teve um professor que fotografou a jornalista tentando intimidá-la.
Reportagem:Luciana Maximo
Site:Espirito Santo Acontece