Uma quadrilha especializada na venda e uso de cheques furtados de malotes foi presa nesta terça-feira (10) na Operação Xeque-Mate, desencadeada pela Delegacia Especializada em Defraudações e Falsificações. A Operação cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão de Adib Barbosa Ribeiro, 40 anos, em Itapoã, e de Breno Mendonça Morgado, 39 anos, em Jardim Camburi.
A investigação começou após a prisão de Thiago de Souza Athayde Branz, realizada no dia 7 de março de 2018 por ter comprado veículos usando cheques furtados de malotes. A partir disso, a delegacia começou a suspeitar que ele pertencia a uma associação criminosa envolvida com furto, venda e uso de cheques subtraídos de malotes bancários.
Um novo inquérito foi aberto para investigar outros envolvidos. “A operação começou com a prisão do Tiago. Os dois outros envolvidos foram ouvidos na delegacia, mas negaram a participação. Em alguns meses, nós conseguimos juntar as provas determinantes de que eles estão envolvidos e fazem parte dessa associação criminosa, vendendo e utilizando cheques portados de malotes, principalmente para adquirir veículos de luxo. Hoje cumprimos os mandados de prisão preventiva de Adib e Breno”, explica a delegada Rhaiana Bremenkamp.
Segundo a delegada, Adib era o fornecedor dos cheques furtados de malotes e recebia de R$ 40 a R$ 80 por folha de cheque. Breno, atuava junto com Thiago, adquirindo principalmente veículos de luxo com esses cheques conhecidos como “chequitas”.
A Delegacia Especializada em Defraudações e Falsificações, que conduziu as investigações, estima que o grupo movimentou quantias milionárias nos crimes cometidos. “Não temos o valor exato, mas podemos garantir que o prejuízo é milionário. Esperamos que outras vítimas venham até a delegacia para denunciá-los”, conclui Rhaiana.
Uma das vítimas levou um
prejuízo milionário na venda de nove carros de luxo: Audi A4, Hilux, Jeep Cherokee, M.Benz Gla, Chevrolet Tracker, Freelander II, Camaro, Freelander I e Audi AI.
A polícia ainda investiga como os cheques chegaram até eles, mas há suspeitas de que são furtados dos malotes ou desviados dos Correios. Não está descartada a participação de funcionários de bancos.
Os presos responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos, associação criminosa e falsidade ideológica. Adib e Breno foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana (CTV). Por Larissa Maestri, com informações de Leone Oliveira reportagem tribuna online.