A estudante de Engenharia Civil usa o tempo livre e fins de semana para desenhar, e comemora o sucesso na internet
Depois de até 10h de trabalho, uma folha de papel A3 ou A4 e grafites e lápis de diferentes grossuras, Maria Antônia Bittencourt, de 34 anos, pode te entregar um desenho hiper-realista. Ela lembra que desde pequena, na escola, tinha dificuldade para aprender algumas matérias por ter dislexia, e passava o tempo desenhando. De lá para cá, embora não tenha se profissionalizado no assunto, ela virou referência em desenhos no Espírito Santo e recebe encomendas até de outros países.
Ela começou a postar, também, os trabalhos na internet, em perfis que criou exclusivamente para mostrar os desenhos, e hoje contabiliza quase 150 mil seguidores que acompanham os trabalhos. “Não esperava essa repercussão toda”, brinca. Mas (é claro!) ela comemora a abrangência internacional que tem ganhado nas redes. “Inclusive, se você olhar, têm muitos comentários de gente de fora, que até faz encomenda”, frisa.
A arte entrou na minha vida como um presente de Deus
“Fugia para o meu mundo”, define ela, se referindo aos momentos em que desenhava na escola. “Faço desenhos por encomenda ou desenho pessoas que eu admiro. Meus materiais são simples, e é até por isso que eu às vezes recuso algumas encomendas, mas muita gente da Argentina, por exemplo, faz encomendas comigo”, comemora.
Maria Antônia comemora que a dislexia não a impediu de dar continuidade aos estudos e desenhar. “Hoje eu estudo Engenharia Civil à noite e nos tempos livres e finais de semana me dedico à arte. A arte entrou na minha vida como um presente de Deus”, afirma. “E eu torço para que outras pessoas com o mesmo problema não seja impedido pelas dificuldades”, indica.
Veja galeria de fotos com desenhos de Maria Antônia:
Gazeta Online