As cores do turismo capixaba apagaram-se em meio à pandemia. As perdas do setor já chegam a R$ 201,4 milhões, segundo um estudo da União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos (Unedestinos). Para dar uma ideia do prejuízo, o segmento deixou de movimentar aproximadamente R$ 78 milhões desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil.
Na prática, receber menos turistas significa cortes nas despesas de hotéis, restaurantes e pousadas, ou seja, entre 85% e 90% das empresas ligadas ao setor tiveram de adotar as medidas de redução e suspensão dos contratos de trabalho, aponta o levantamento.
As perdas não são exclusividade capixaba. Em todo o país, o setor de turismo foi o mais impactado pelas medidas de contenção do novo coronavírus. No Rio de Janeiro, por exemplo, 20 mil pessoas já foram demitidas no setor de gastronomia. Em todo país, eventos foram cancelados, hotéis operam com capacidade mínima e o faturamento segue em baixa.
Para tentar reduzir as perdas do segmento, o Governo do Estado anunciou, no dia 9 de junho, o primeiro passo para a retomada. Segundo o governador Renato Casagrande, o poder público e representantes do turismo estão avaliando quais serão os protocolos a serem adotados para que restaurantes, hotéis, pousadas e os demais segmentos turísticos possam reabrir as portas e recuperar parte das perdas causadas pela pandemia.
O primeiro passo foi o lançamento do selo “Turismo Responsável, limpo e seguro. “Ele é gratuito e está disponível por turismo.gov.br. O turista poderá identificar o selo nos locais e encontrará um QR Code, que dará o caminho para os protocolos que devem ser seguidos por aquele empreendimento para ter a segurança adequada do destino que ele procurou. Vamos estruturar um grande plano de retomada do turismo capixaba. É hora do planejamento, de construirmos essa retomada”, ressaltou, na ocasião, o secretário de Estado do Turismo, Dorval Uliana.
Durante a apresentação do projeto, o presidente do Convention & Visitors Bureau, João Alfonso da Silva, ressaltou que é preciso dar também fôlego financeiro às empresas, com linhas de crédito voltadas para o empreendedor do turismo. “Temos de frisar algumas ações específicas, pelo Bandes e Banestes, que foram importantes para o empresário. Mas ainda precisamos de investimento humano e financeiro”.
Ele falou ainda da importância do setor para a economia capixaba. “Somos quase 7% do PIB (Produto Interno Bruto) capixaba e mais de 80% das empresas estão 100% paralisadas. É um volume muito grande. Temos de voltar em segurança, harmonia e com esses protocolos adaptados à realidade do Espírito Santo”, disse.
Fonte: Aqui Notícias