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Expectativa é que fragmentos de óleo não cheguem à GV, diz Ibama

Prestes a completar uma semana desde a chegada do óleo, que atinge o nordeste brasileiro há mais de dois meses e alcançou o norte do estado, a expectativa do Superintendente do Ibama no Espírito Santo, Diego Libardi, é de que os fragmentos não cheguem às praias da Grande Vitória.

“As nossas previsões são de que as correntes marítimas levem o óleo para o mar, antes que ele chegue a Grande Vitória. Entretanto, não é possível afirmar com segurança que não vai chegar. O que temos que fazer é estar preparados para que, caso esse óleo chegue, seja feito o mesmo trabalho que estamos fazendo no norte do Estado, o de monitoramento e limpeza”, disse.

Ainda de acordo com superintendente, as prefeituras de todos os municípios litorâneos já passaram por capacitação e estão orientadas em alta preparação. Em Vila Velha, o Comitê de Monitoramento de uma possível chegada do óleo, instaurado no dia 8 de novembro, iniciou a capacitação de servidores para manusear, recolher e acondicionar o produto.

Guarapari, um dos balneários mais famosos do estado, foi sede da reunião entre o Comitê Estadual de monitoramento do óleo e representantes das Secretarias de Meio Ambiente dos municípios de Anchieta, Piúma, Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy. Durante o treinamento, os especialistas envolvidos afirmaram que a possibilidade do óleo chegar na região é pequena.

Na Serra, o monitoramento ostensivo das praias, rios e lagoas do município já está sendo realizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semma) em conjunto com a Defesa Civil. Se for avistado algum material oleoso, ele será recolhido pelas equipes e enviado para análise junto à Marinha, como está previsto no protocolo de limpeza de praias.

A equipe de limpeza já foi devidamente treinada pelo Iema, Ibama e ICMBio, e utilizará equipamentos de segurança para evitar o contato com a substância tóxica.

As equipes foram instruídas a armazenar o óleo encontrado em recipientes de alumínio ou vidro, sempre evitando o plástico. O material recolhido será encaminhado para uma empresa na Grande Vitória, que dará o devido descarte.

Chegada do óleo 

Na última quinta-feira (7), pequenos fragmentos de óleo foram recolhidos na praia de Guriri, em São Mateus, a cerca de 85 quilômetros ao norte de Linhares.

A partir daí fragmentos de óleo também foram encontrados neste domingo (10), na praia de Pontal do Ipiranga, na cidade de Linhares, onde há uma base do Projeto Tamar.

No entanto, Libardi caracteriza a chegada do óleo no Espírito Santo como branda. No Nordeste 4,5 mil toneladas de óleo foram coletados. Já no Espirito Santo, apenas 400 quilos, até o começo desta semana.

“Não existem manchas, como aconteceu lá [Nordeste], ele está chegando aqui em pedaços muito pequenos e o impacto tem sido menor. Nossa preocupação está sendo com a limpeza. Ele chega nas praias e é feito um trabalho de limpeza constante até ele cessar. Uma preocupação que a gente tem são com os impactos econômicos e sociais”, pontuou.

Junto disso, o superintendente do Ibama ainda afirma que o litoral capixaba continuará recebendo os fragmentos. Porém, de acordo com o boletim e imagens das atividades realizadas nesta terça-feira (12), no litoral de Linhares, entre o distrito de Barra do Riacho, no município de Aracruz, e a Foz do Rio Doce, em Regência, não mostrou vestígio do óleo. As praias de Cacimbas e Povoação também não apresentaram resíduos do material.

Fonte: ES HOJE

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