A falta de mão de obra qualificada virou um tormento para os produtores de ovos do Espírito Santo. Eles estão deixando de faturar na exportação do produto para o mercado exterior. O setor está com o seu crescimento extremamente prejudicado, deixando de gerar riquezas para o Estado.
De acordo com os produtores, eles não estão conseguindo atender a demanda do Japão, cliente potencial que mensalmente compra cerca de 300 toneladas de ovos. Essa produção é correspondente a uma receita de US$ 750 mil, na cotação de ontem (31), estamos falando em R$ 4.305.000,00 que deixam de ser comercializados.
Ainda segundo o diretor executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), Nélio Hand, o Japão é um bom parceiro do setor capixaba. “Existe uma pré-disposição para exportar para aquele país, mas isso depende de uma produção suficiente. Ou seja, para continuar atendendo o mercado interno, além de enviar para o exterior. Não exportamos no momento por falta de mão de obra”.
O dirigente da Aves disse que a associação já faz alguns movimentos para tentar solucionar o problema da mão de obra. “Auxiliamos nossos associados para identificar os gargalos e qualificar as lideranças do setor quanto a vários aspectos relacionados ao tema. Inclusive, visamos a retenção de mão de obra e melhoria de processos”.
Na semana passada, o Ministério da Agricultura afirmou que especialistas japoneses virão avaliar o sistema brasileiro de saúde animal, em passo “essencial” para abertura do mercado japonês aos produtos brasileiros. Além dos ovos, a carne bovina além da ampliação das vendas de carne suína, que atualmente estão restrita ao Estado do Paraná.