A família de um idoso de 71 anos acusa a empresa aérea Gol Linhas Aéreas de descaso e abandono do aposentado no Aeroporto de Brasília, na tarde dessa quinta-feira (09). De acordo com Michella Tomaz Rocha, de 44 anos, filha de Pelegrino Tomaz, o idoso embarcou no aeroporto de Rio Branco, no Acre, onde mora, às 3h20 da manhã de quinta (09) e chegaria a Vitória às 14h15 do mesmo dia.
Antes de chegar ao Espírito Santo, o idoso faria escalas em Brasília e no Rio de Janeiro. Porém, Pelegrino não chegou no horário.
“Alegaram que, como meu pai é cadeirante, a distância entre um portão e outro era muito grande e não deu tempo para embarcar. Foi um descaso total. Eu paguei R$ 840 de passagem e mais R$ 200 para ele ter acompanhamento especial da companhia aérea”, afirmou.
Às 18h15, finalmente a filha recepcionou o pai, depois de quatro horas de muita aflição. “Meu pai é cadeirante, tem uma perna amputada e é diabético. Colocamos uma sonda para que ele não precisasse ir ao banheiro. Ele chegou aqui com a sonda estourada, com cheiro de urina”, disse.
A Gol Linhas Aéreas informou em nota que, no momento da locomoção do cliente de um píer ao outro, o idoso solicitou ir ao banheiro.
“A conexão era imediata, não houve tempo hábil para realizar o embarque no voo Brasília-Rio. O cliente foi acomodado em voo posterior e chegou em Vitória no final da tarde. Durante o período ele teve acesso à sala VIP, estando acompanhado por um colaborador”, afirmou a nota.
Pelegrino, porém, afirmou que foi deixado sozinho por um tempo. “O rapaz foi embora e não voltou mais e eu fiquei completamente perdido. ”Para o advogado do consumidor Raphael Marques, a companhia aérea deveria se precaver de contratempos.
“Sobretudo a necessidade de prestar assistência especial ao passageiro, conforme prevê a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”, disse.
Fonte: Tribuna