O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo (FCDL-ES), Celso Costa, assinou nota da entidade ,hoje, 19, para repudiar o fechamento do comércio pelo decreto do governador Renato Casagrande (PSB) “porque representará a falência de estabelecimentos com aumento do desemprego”, acentuou.
Celso Costa, na manifestação oficial da FCDL-ES, lembra que o comércio é quem move a economia do Estado e sempre praticou todos os protocolos e que o setor não é propagador do vírus. Ressalta que o estado falha no método, pois os trabalhadores que lotam os transportes coletivos levam o vírus, justamente, para quem fica em casa.
“O comércio de nosso Estado tem consciência de sua importância para o Estado e espera que o Estado também saiba desta importância, não só na hora de ser eleito como peça principal para a contenção do COVID-19, mas também, que precisa da atenção estatal com alguma contrapartida para minimizar as perdas enfrentadas com a pandemia” , frisa Celso Costa
NOTA OFICIAL DA FCDL-ES
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo, FCDL-ES, vem a público se manifestar acerca da “quarentena” decretada pelo Governo Estadual, o que nos seguintes termos:
É de conhecimento geral que o comércio é o maior empregador em nosso Estado. Também não é nenhuma novidade que o comércio vem seguindo rigorosamente os protocolos de saúde pública determinados pela Organização Mundial de Saúde- OMS, garantindo, assim, o funcionamento de suas atividades de forma segura e consciente.
Portanto, somos contrários ao fechamento do comércio como forma mais eficaz de evitar o avanço da pandemia. Tal medida só contribuirá para o agravamento da crise econômica do nosso Estado e consequentemente para a quebra de alguns estabelecimentos e o aumento do desemprego.
Entendemos que se toda a máquina pública, agora utilizada para fiscalização do comércio, fosse voltada para combater as aglomerações desnecessárias, não chegaríamos ao estágio atual. Faz-se aqui algumas indagações: Onde o risco de contaminação o é maior: no comércio onde as pessoas utilizam máscaras, onde existe álcool gel para higienização das mãos, onde é limitado o número de pessoas a serem atendidas, onde existem as marcações de distanciamento ou no transporte público, onde os veículos andam superlotados, onde não é respeitado o uso de máscaras. De que adiantam as pessoas não saírem de casa e obedecerem as normas se o empregado, se a empregada doméstica, enfrentam os ônibus superlotados e podem transmitir o vírus para quem está sem sair de casa? Será que se a máquina pública: Defesa Civil, Policia Militar, Guarda Municipal, fiscalização estadual e municipal voltassem seus esforços para evitar a superlotação no transporte público o efeito não seria mais satisfatório?
O comércio de nosso Estado tem consciência de sua importância para o Estado e espera que o Estado também saiba desta importância, não só na hora de ser eleito como peça principal para a contenção do COVID-19, mas também, que precisa da atenção estatal com alguma contrapartida para minimizar as perdas enfrentadas com a pandemia.
Enfim, tudo que o comércio quer é trabalhar, produzir, pagar seus impostos, manter seus empregados e sobreviver dignamente, mas para isto é primordial que possa manter as portas abertas.
Fonte: Folha do ES