De acordo com a Federação, esse é o valor aproximado que deixa de ser produzido no comércio
O ano de 2018 vai ter pelo menos 13 feriados caindo em dias úteis aqui no Espírito Santo. Enquanto tem muita gente comemorando os dias de descanso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio) estima que esses feriados podem causar um prejuízo de até R$ 567 milhões no comércio capixaba.
De acordo com a Federação, esse é o valor aproximado que deixa de ser produzido no comércio e nem leva em conta os outros dias em que o movimento cai em função do prolongamento de feriados.
O diretor da Fecomércio, Ilson Xavier Bozi, explica que o cálculo leva em conta a queda nas vendas e o prejuízo na arrecadação do Governo. “Você tem o não recolhimento de tributos por parte do governo. Então, o somatório é esse montante de R$ 567 milhões”
Dona de uma rede de lojas de produtos infantis, a empresária Claudia Satlher conta que o movimento no comércio cai na semana inteira quando tem feriado em um dia útil. Ela diz que o setor tem bastante preocupação com outros eventos, além dos feriados, que vão ocorrer em 2018.
“O cliente que viria na sexta ou no sábado, ele não volta na outra semana. Com isso, as vendas caem. Isso é uma grande preocupação para os empresários já que, além da Copa do Mundo e de eleições, que interferem no comércio, tem esse monte de feriados nacionais e municipais. Vai ficar bem preocupado para a gente”, afirma.
Enquanto a classe empresarial defende a redução no número de feriados, muita gente na rua não concorda. O funcionário público Marco Antônio Batista acha que os comerciantes precisam entender que o feriado é uma oportunidade para o funcionário descansar e aproveitar a família.
“Eles pensam para o lado deles, mas não pensam no lado humano dos funcionários, no lado familiar do funcionário. Às vezes, o funcionário está de segunda a sexta trabalhando e surge um feriado na segunda e ele tem pelo menos um dia a mais de descanso. Não é um argumento sadio”, opina Marco.
Já a Fecomércio alega que do lado dos colaboradores do comércio também há perdas, pois boa parte recebe comissões e, com lojas fechadas e a queda no movimento, têm redução nos rendimentos.