A cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, vive momentos calamitosos por conta da pandemia de coronavírus. O município estava há seis dias sem conseguir realizar transferências e na terça-feira (9) conseguiu encaminhar quatro pacientes para leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Desde a última sexta (5), 11 pacientes morreram em Taboão da Serra esperando uma vaga de UTI. O sistema está em colapso e a cidade não consegue dar conta da demanda. De acordo com o último boletim divulgado, 52 pessoas estão internadas em Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Desses, 16 estavam aguardando transferência para UTI.
No início do mês, a Prefeitura chegou a anunciar a criação de mais 30 leitos, totalizando 70. Porém, Taboão não possui leitos exclusivos de UTI e os atendimentos são feitos exclusivamente na UPA.
Além de Taboão da Serra, mais quatro cidades paulistas estão em situação crítica: Mairiporã, Poá, Embu das Artes e Arujá estão com 100% dos leitos de UTI para Covid-19 ocupados.
Outras grandes cidades do estado também estão no limite: Guarulhos, Mauá, Santo André, Francisco Morato e Mogi das Cruzes estão na faixa dos 90%.
A situação em São Paulo é a pior desde o início da pandemia, há um ano. 82% das UTIs estão ocupadas; na Região Metropolitana o índice sobe para 82,8%. De enfermaria, os números estão em 66,1% e 74,2%, respectivamente.
Para dar conta, o governo anunciou a criação de hospitais de campanha, com 140 leitos de UTI e outros 140 de enfermaria. Desta vez, a pandemia tem mantido por maior tempo os pacientes nas UTIs, travando o sistema.
Fonte: SBT