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Filho mata a própria mãe a tiros dentro de bar em São Paulo

A polícia investiga a motivação do assassinato de uma mulher pelo próprio filho, dentro de um bar na capital paulista. O crime aconteceu na noite da última 6ª feira (17.mar), e foi registrado pelo circuito de segurança do estabelecimento.

As imagens mostram o momento em que Rafael da Silva Garrido chega ao local, vestindo uma jaqueta preta e boné. Ele para na porta do bar, onde clientes conversam, descontraídos, na calçada. Em seguida, saca uma arma e efetua vários disparos.

Os alvos eram a mãe e o namorado dela. Clientes se desesperam, e a correria é generalizada. Em outro ângulo da gravação, é possível ver uma das vítimas tentando fugir, mas ela cai. Rafael ainda pisa na cabeça do namorado da mãe, e atira mais uma vez. O assassino, então, foge.

A mãe, Maria Cristina Garrido, e o companheiro dela, o advogado criminalista Cícero Vinícius Retek, morreram no local. A polícia interditou as ruas próximas ao bar, que fica na Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo. Após a perícia, os corpos dos dois foram levados para o Instituto Médico Legal. Neste sábado (18.mar), o estabelecimento ficou fechado, com um cartaz de luto na porta.

Depois de cometer o duplo homicídio, Rafael Garrido tentou fugir. Ele estava com a mulher e os filhos no carro da sogra, mas foi preso, na madrugada deste sábado, na Rodovia Ayrton Senna, na altura de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. No veículo, a polícia encontrou duas armas com numerações raspadas e munição.

Rafael chegou à delegacia com o rosto coberto e admitiu o crime aos policiais. “O assassinato da mãe se deveu ao fato de ter sido ela a mandante do assassinato do pai. Então, ele teria cometido esse crime por vingança. Isso de maneira informal, porque, no flagrante, ele acompanhado por uma advogada, ele permaneceu em silêncio”, relata o delegado Cesar Basso Queiroz.

Testemunhas afirmam que, quando atirou, Rafael disse que a mãe teria mandado matar o pai dele. Maria Cristina era investigada em um inquérito sobre o caso. Parentes alegam que ela e o filho disputavam a herança do pai.

“Ele queria ficar com tudo, até objetos, como ferramentas. Ele entendia que tinha que ficar tudo com ele”, acrescenta o delegado.

Há alguns meses, a mãe registrou um boletim de ocorrência contra o filho. A Justiça concedeu a ela uma medida protetiva contra Rafael. O assassino era visto pela família como alguém bastante violento, segundo o delegado.

“Foram ouvidos os irmãos da vítima, Maria Cristina, e eles deram conta de vários episódios de agressões, no âmbito da violência doméstica, praticadas pelo Rafael”, conclui o delegado César Basso Queiroz.

Fonte: SBT

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