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Governadores do sul e sudeste colocam recursos e tecnologia à disposição dos estados afetados por queimadas na Amazônia

Diante do atual cenário de discussões nacionais e internacionais sobre as queimadas no Brasil, os governadores do sul e sudeste, que se reúnem desde a última sexta-feira (23) no Espírito Santo, afirmam que questões ambientais devem ser objeto de diálogo. O assunto foi um dos temas abordados na “Carta da Vitória”, documento elaborado durante o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud).

De acordo com o documento, existe a necessidade do Brasil fortalecer imediatamente a imagem internacional. Além disso, os governadores reafirmam o compromisso de aumentar as ações relativas a biodiversidade, exportações do país e ao agronegócio.

Os representantes do Cosud também manifestaram, através do documento, a solidariedade a população atingida pelas queimadas, aos governadores do norte do país, e se colocaram à disposição para auxiliar, se necessário, no combate e controle das queimadas na Região Amazônica com estrutura, tecnologia e recursos humanos.

Foto: divulgação/governo do estado

Renato Casagrande 

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que o prejuízo causado pelas queimadas é real, e não apenas uma possibilidade. “A imagem do Brasil está arranhada após esse episódio. Isso é ruim para o comércio internacional, ameaça o acordo entre o Mercosul e a União Européia, e as exportações brasileiras. Temos que retomar o diálogo e apresentar ao mundo o que temos de positivo, e não destacar a destruição da biodiversidade”.

João Doria

No encontro, Doria comentou que no cenário internacional existe “um inconformismo muito grande” em relação às políticas ambientais brasileiras. O governador disse existir um “risco real” de retaliação por parte da União Europeia.

“Estivemos em Londres e, antes mesmo das queimadas nessa intensidade das últimas semanas, já se ouvia ameaças de investidores de redução de potencial de negócios no agro brasileiro. Perder o acordo com a União Europeia e grandes parceiros comerciais, num momento em que o País precisa ampliar as exportações e preservar empregos, já é mais uma notícia ruim para o Brasil”, disse.

Governo Federal

Após o presidente Jair Bolsonaro autorizar o uso das Forças Armadas para combater os incêndios na Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cobrou uma ajuda efetiva dos estados na fiscalização.

“É importantíssima a participação dos estados. Enfrentamos muitas dificuldades em relação a esse suporte estadual. Não é possível desenvolvermos essas atividades de fiscalização sem o apoio dos estados”, afirmou.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,  revelou que o governo deve liberar até R$ 28 milhões como medida emergencial para apoio ao combate às queimadas na região amazônica. Em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (24), Silva e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, confirmaram que quatro Estados – Rondônia, Roraima, Tocantins e Pará – até agora já formalizaram a atuação das Forças Armadas por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Fonte: Folha Vitória

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