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Grupo voltado à extração e comércio ilegal de ouro é alvo da PF

Agentes realizam três operações simultaneamente no país | Divulgação/PF

A Polícia Federal realiza, nesta 5ª feira (7.jul), três operações simultâneas para combater uma organização criminosa responsável pela extração e comércio ilegal de ouro no norte do país. São cumpridos 82 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, nos estados do Acre, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso.

Segundo os agentes, as investigações começaram após uma denúncia envolvendo empresas de Porto Velho ligadas ao ramo da saúde, que estariam lavando dinheiro de valores recebidos em licitações fraudulentas. Após as primeiras diligências, verificou-se que recursos ilícitos injetados em empresas da capital rondoniense eram oriundos de garimpo ilegal, praticado, pelo menos, desde 2012 pelos líderes da organização criminosa.

A partir de então, foi revelada uma movimentação de quantias bilionárias pelo grupo criminoso, com depósitos e saques milionários em espécie, empresas de fachada e transferências bancárias entre envolvidos. Foram identificados diversos meios de lavagem de capitais praticados pela organização criminosa, com destaque para a criação de um criptoativo próprio de uma das empresas.

A análise bancária apontou ainda que, entre os anos de 2019 e 2021, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 16 bilhões em contas bancárias. O valor do impacto ambiental em apenas um dos garimpos identificados na operação foi estimado em cerca de R$ 300 milhões, acumulando uma área de 212 campos de futebol.

Já no Pará, os agentes investigam o transporte de ouro ilegal por uma organização criminosa que, no início, foi considerada suspeita de tráfico internacional de drogas. O grupo em questão adquiria grandes quantidades de cocaína, na região fronteiriça do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, e levava, em aeronaves privadas para a região de Jundiaí.

Entretanto, elementos colhidos no curso das investigações demonstraram que um outro esquema de transporte, em tese ilegal, estava sendo realizado no hangar investigado: o de ouro. Foi averiguado que o minério era transportado do Pará para o estado de São Paulo.

“Os crimes apurados nas investigações são os de usurpação de bem mineral da União, receptação qualificada, falsidade Ideológica, redução do pagamento de tributos federais, corrupção ativa e passiva, promoção de organização criminosa, crimes ambientais, dentre outros”, informou a PF.

Fonte: SBT

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