Oleg Fedko denuncia que sua mulher e dois filhos e seus pais foram mortos por soldados ao cruzar um posto de controle.
Atenção: Esta reportagem contém detalhes que alguns leitores podem achar chocantes.

Oleg, que é policial, teve que ficar, porque seu departamento estava em alerta de guerra total. Seu pai foi levar Irina, mulher de Oleg, e os dois filhos do casal, Sofia, de 6 anos, e Ivan, de 1 mês, para sua casa em Vesele.
Pouco depois de chegarem, as forças russas entraram no vilarejo. As tropas vieram da Crimeia, que a Rússia invadiu e anexou em 2014, e avançaram rapidamente, enfrentando pouca resistência.
A eletricidade e o abastecimento de água foram cortados. Preocupada com a possibilidade de ficarem no meio do combate, a família decidiu fugir, novamente, desta vez para o vilarejo de Nova Kakhovka, onde moravam outros parentes.
Eles eram agora um grupo maior, dividido em dois carros. Um levava a tia, o tio e os primos de Oleg. No segundo estavam seus pais, sua mulher e seus filhos.
A viagem os levaria ao longo de uma barragem, que já estava sob controle russo, para atravessar o rio Dnipro, que corta a Ucrânia, dividindo o país em dois.
O primeiro carro passou por um posto de controle ocupado por soldados russos, mas eles perderam de vista o outro veículo.

Oleg diz que seus pais foram mortos ao tentar chegar a Nova Kakhovka — Foto: Arquivo pessoal
Denis, irmão de Oleg, estava monitorando seus movimentos por telefone a parir de Cherkasy, no centro da Ucrânia.