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Indústria é condenada a pagar US$ 289 mi por dano de agrotóxico

Homem afirma ter contraído câncer devido à exposição a um herbicida da empresa e vai ser indenizado

Um júri da Califórnia condenou a Monsanto, indústria de agrotóxicos, nesta sexta-feira (10), a pagar US$ 289 milhões em indenização a um homem que afirma ter contraído câncer devido à exposição a um herbicida da empresa que contém glifosato.

Dewayne Johnson afirma que utilizou o herbicida Roundup, produzido pela Monsanto, de maneira frequente quando trabalha como jardineiro de uma escola de San Francisco.

O júri do caso determinou que a Monsanto não alertou sobre os riscos que os clientes corriam ao utilizar o produto.

Os jurados também concluíram que a omissão da empresa em incluir os alertas necessários foi um “fator substancial” para provocar a doença de Johnson, de 46 anos, e que sofre com um linfoma.

Os médicos da vítima afirmaram que ele só tem mais alguns meses de vida durante o julgamento.

O glifosato é um herbicida que tem gerado grande controvérsia no mundo todo pelas discussões sobre seus efeitos prejudiciais tanto sobre saúde das pessoas como sobre o meio ambiente.

Em comunicado, Scott Partridge, um dos vice-presidentes da Monsanto, afirmou que a empresa vai recorrer da decisão.

“Mostramos nossa empatia com Johnson e sua família. A decisão de hoje não muda o fato de que mais de 800 estudos e revisões – e conclusões da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA), do NIH (Instituto Nacional dos EUA) e de autoridades reguladoras no mundo todo – apoiam que o glifosato não causa câncer”, afirmou.

Veículos da imprensa americana destacaram que este é o primeiro de centenas de casos que a Monsanto deverá enfrentar na Justiça americana pelos supostos efeitos cancerígenos do glifosato.

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