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Irã diz que deixará de respeitar restrições impostas a programa nuclear

Descumprimento era uma resposta esperada após o ataque aéreo dos EUA que matou o general Qassem Soleimani, na quinta-feira 2

O governo do Irã anunciou neste domingo, 5, que deixará de cumprir a última das limitações impostas ao programa nuclear do país pelo acordo assinado em 2015, mas ressaltou que segue como parte do pacto e que continuará cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Em comunicado, o Irã afirmou que adotará o quinto passo de redução dos compromissos nucleares assumidos pelo país há quatro anos, que era o limite de 6.100 centrífugas para produzir urânio previsto no acordo, do qual ainda fazem parte Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China. Os Estados Unidos deixaram o pacto em maio de 2018.

O descumprimento das restrições impostas pelo Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) era uma resposta esperada após o ataque dos EUA que matou o general Qassem Soleimani, comandante da divisão de elite da Guarda Revolucionária do Irã.

Na prática, o Irã agora deixa de respeitar os limites operativos impostos pelo JCPOA ao percentual de enriquecimento de urânio e à quantidade de material enriquecido que o país pode possuir.

Na nota, o governo do Irã diz que o programa nuclear do país se desenvolverá de acordo com suas “necessidades técnicas”, sem dar detalhes do que isso significa.

Apesar de dizer que não respeitará mais as restrições, o Irã ressaltou que esse é um passo que pode ser revertido desde que o acordo nuclear seja cumprido de forma recíproca, ou seja, que as sanções econômicas impostas contra o país pelo governo de Donald Trump sejam suspensas.

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