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Juros do cartão e do cheque especial avançam pelo 4º mês seguido

Dados do Banco Central mostram que as taxas chegaram a 295,5% e 317,9% respectivamente. Em um ano, dívida quadriplica nessas duas linhas de crédito

As taxas de juros do cheque especial e do cartão de crédito avançaram pelo quarto mês consecutivo em fevereiro deste ano, segundo os dados do BC (Banco Central) divulgados nesta quarta-feira (27).

O rotativo do cartão de crédito cobrou taxa de 295,5% ao ano em fevereiro, frente aos 286,9% de janeiro. Em comparação com o mesmo mês de 2018, houve melhora na taxa, que era de 331,7% ao ano.

Isso significa que uma dívida contraída em março de 2018 de R$ 1.000 passou a custar R$ 3.955 em fevereiro de 2019. São R$ 2.955 de juros. Na prática, a dívida praticamente quadriplicou.

De janeiro a fevereiro de 2019, a taxa de juros do cartão acumula alta de 10,1 pontos percentuais.

A maquiadora Deborah Mendes da Cruz é uma das pessoas que ficou endividada com o rotativo do cartão de crédito e enfrentou problemas para pagar os juros da fatura. Deborah contraiu o valor em agosto de 2018 no valor de R$ 500 e, em seis meses, a pendência somava R$ 4.200, sendo R$ 3.700 só de juros.

Procurada por uma empresa parceira do banco, renegociou a dívida e conseguiu reduzi-la para R$ 2.078. Na época, o cartão virou e não conseguiu quitar, realizando outro acordo, no valor de R$ 2.400, quando se livrou da dívida.

Cheque especial

O cheque especial também ficou mais caro para o consumidor brasileiro — foi o quarto avanço consecutivo. A taxa atingiu 317,9% ao ano, enquanto em janeiro era de 315,6% ao ano.

Neste caso, uma dívida de R$ 1.000 contraída em março de 2018 passou a custar R$ 4.179 em fevereiro deste ano. Neste caso, o rombo mais que quadriplicou.

Em comparação com fevereiro de 2018, houve queda de 6,2 pontos percentuais, quando a taxa era de 324,1%. Os juros do cheque especial acumulam alta de 5,3 pontos percentuais.

Alternativa mais barata

O brasileiro que precisar contrair uma dívida pode optar por opções com juros mais baixos, como é o caso do crédito consignado. Nesta modalidade, o dinheiro é diretamente descontado da folha de pagamento do salário ou da aposentadoria.

Em fevereiro de 2018, a taxa ficou em 24,2% ao ano. Isso significa que a mesma dívida de R$ 1.000 contraída em março de 2018, se torna R$ 1.242 em fevereiro de 2019.

A taxa está em 24,2% ao ano desde dezembro de 2018.

Fonte: R7

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