Atos aconteceram tanto na gestão Camilo Cola, quanto na gestão dos atuais sócios
A Justiça de São Paulo determinou que a gestão “dos atuais e antigos sócios” do Grupo Itapemirim seja investigado, ao concluir que há indícios de desvio ou de má administração de seus donos.
A decisão implica na apuração de fatos tanto do período em que a empresa era administrada pelo seu fundador, Camilo Cola, e por seu filho Camilo Cola Filho; quanto por Sidnei Piva e Camila Valdívia, que adquiriram a empresa em novembro de 2016.
De acordo com a decisão, entre as irregularidades constatas pelo administrador judicial, que acompanha a gestão desde que ela entrou em recuperação judicial, em junho de 2016, estão a cessão de linhas e de ônibus para a Viação Caiçara (controlada por Camilo Cola), sem as devidas escriturações da operação e pagamentos, o que poderia configurar “atos de esvaziamento patrimonial do grupo.
Além disso, há “mútuos” (trocas) entre os componentes do grupo sem o registro das operações e pagamentos. Ainda está sob a mira do Tribunal a contratação de escritório de advocacia para resolução de questões tributárias, com o pagamento de vultosos honorários sem comprovação da respectiva contraprestação do serviço.
Também foi identificado um endividamento tributário decorrente de atos de má gestão. O administrador judicial destacou também outras investigações criminais a que os atuais e antigos donos estão submetidos.
Outro ato suspeito na análise do administrador, foi a transferência da sede do grupo para o Espírito Santo, quando a efetiva sede administrativa e operacional da Itapemirim funcionava em São Paulo.
A decisão que determina a investigação é do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo.
Fonte: Folha do ES