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Justiça determina que Mercado de Peixes da Vila Rubim seja desocupado em 30 dias

Uma determinação da Justiça do Espírito Santo decretou um prazo de 30 dias para que os comerciantes e moradores do Mercado de Peixes, na Vila Rubim, em Vitória, desocupem o prédio. Toda a ação deverá ser feita pela prefeitura da capital que terá que promover reforma ampla no edifício.

O laudo feito pela Defesa Civil Estadual aponta que o imóvel tem risco de incêndio e desabamento. O ponto de venda de pescados funciona há 52 anos no mesmo edifício e melhorias ou reformas não podem ser feitas pelos comerciantes.

Laudos da Prefeitura de Vitória e da Defesa Civil Estadual divergem sobre riscos na estrutura. Enquanto a perícia técnica estadual apontou que ela pode desabar a qualquer momento, o estudo feito pela equipe multidisciplinar da Prefeitura de Vitória descartou essa possibilidade.

Foto: Reprodução TV Vitória

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Vitória, coronel Rogério Fernandes Lima, a análise do Crea-ES (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo) foi favorável à fiscalização feita pela prefeitura.

“Tivemos uma reunião com o Crea-ES, e o conselho também concorda com o laudo da prefeitura onde diz que há necessidade demolição do pavimento superior. Isso estava em nosso plano de ação, além da reforma na parte estrutural, elétrica e na peixaria sem a necessidade de deslocar os peixeiros”, explicou.

Destino das peixarias ainda não está definido

Foto: Reprodução TV Vitória

Atualmente, funcionam no térreo 44 bancas de pescados e mariscos. O local é tradicional no dia a dia da cidade para quem busca peixes não somente para o consumo doméstico, mas também para restaurantes.

De acordo com Rogério Lima, oficialmente a prefeitura ainda não foi notificada e, por causa disso, não se manifesta sobre o destino dessas peixarias.

“Estamos no aguardo desta notificação, para verificar qual é o rumo que será tomado, se haverá um recurso ou cumprimento imediato”, relatou.

Segundo o coronel, o laudo feito pela Defesa Civil Municipal aponta que não há risco iminente de desabamento, mas, sim, necessidade de reforma. “Se houver essa determinação judicial, a prefeitura vai se empenhar para achar um local para alocar esses peixeiros. Ressalto que não é algo muito fácil, pois imperam condições ambientais e sanitárias. Por esses motivos, pode demorar um tempo”, aponta.

Quanto à desocupação dos moradores que estão no segundo e no terceiro pavimento, Lima ressaltou que a Secretaria do Desenvolvimento da Cidade e Habitação fez uma entrevista individual com todos os ocupantes e que nenhum deles se encaixa no programa de assistência social.

Fonte: Folha Vitória

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