Em sua decisão, o juiz André Bijos Dadalto disse que trata-se de um crime gravíssimo e de extrema violência. A motivação seria homofobia. Na decisão, o juiz cita que os elementos coletados “dão conta de que a motivação do crime foi em decorrência de preconceito em virtude do relacionamento homoafetivo entre as vítimas, que não puderam esboçar qualquer reação diante da investida do acusado, que se encontrava em superioridade de forças, visto que portava uma arma de fogo”.
O crime ocorreu na noite de 21 de setembro. De acordo com a Polícia Militar, as duas vítimas foram alvejadas nas costas, cada uma com um disparo, quando estavam em uma motocicleta. Emilly Martins Pereira, 21 anos, foi encontrada em estado grave na esquina da Rua Presidente Jânio Quadros e, cerca de 100 metros, estava Meiryhellen Bandeira, 28 anos, já sem vida, ao lado de uma moto de cor preta.
Os policiais informaram que moradores disseram ter ouvido quatro disparos de arma de fogo. Ao tentarem fugir dos tiros, a moto bateu de frente com uma caminhonete. Meiryhellen foi periciada e conduzida para o Serviço Médico Legal de Linhares. Emilly chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Rio Doce, em estado grave, e disse aos militares que o autor dos disparos teria sido um senhor de 50 a 60 anos. Na época, a assessoria do Hospital Rio Doce informou que Emilly deu entrada à 0h05 no local com bastante sangramento.
Ela foi para o centro cirúrgico à 0h50, mas não resistiu aos ferimentos, que causaram uma grande lesão no fígado, e morreu na madrugada de sexta-feira (22), às 2h.