O documento do Crea-ES foi concluído nesta quarta e as fotos feitas pelos engenheiros mostram o concreto que sustenta os pilares e vigas já totalmente desgastado
O laudo de vistoria técnica realizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) revela a situação precária em que se encontram os pilares que sustentam a Rodoviária de Vitória, conforme publicado pelo Gazeta Online na segunda-feira (18). O documento foi concluído nesta quarta-feira (20) e as fotos feitas pelos engenheiros mostram que, em alguns pontos, o concreto que sustenta os pilares e vigas já está totalmente desgastado, em adiantado estado de corrosão. As imagens são impressionantes. Veja galeria:
s engenheiros que assinam o documento classificaram a situação como preocupante. Em alguns locais, o concreto foi corroído pela ação do tempo e da água, expondo a armadura metálica que, por sua vez, também está corroída. Segundo os especialistas, essa situação demonstra um comprometimento da estrutura da Rodoviária da Capital.
“Alertamos para a imediata atenção que merece ser dada a esta estrutura no que tange a recuperação estrutural”, afirma o Crea no laudo. Os responsáveis pela análise afirmam que a situação do local demonstra uma ausência de manutenção, seja ela preventiva ou corretiva.
Além dos pilares, que ficam em contato com a água da baia de Vitória, o Crea encontrou ainda rachaduras no piso da rodoviária. Também foi encontrado desgaste no concreto que envolve os pilares que sustentam o telhado da rodoviária.
MEDIDAS COM URGÊNCIA
Na última segunda-feira (18), o assunto foi discutido em uma reunião na Assembleia Legislativa do Estado. Na ocasião, o engenheiro civil e coordenador do Grupo de Trabalho de Infraestrutura e Mobilidade Urbana do Crea, Jaime Oliveira Veiga, contou que os problemas no local foram encontrados “por acaso”, quando ele estava de barco a caminho de uma vistoria na Segunda Ponte. “Estava passando de barco quando vi algo estranho. Chegamos mais perto, e nos deparamos com o estado lastimável da estrutura”, lamentou.
Jaime explicou que a rodoviária é sustentada por tubos metálicos concretados onde se apoiam blocos de concreto armado e, a partir daí, sobem os pilares e vigas. São os blocos de concreto que estão em pior estado, segundo avaliação do engenheiro. “O concreto está poroso por causa da ação do tempo e por conta da exposição à água. Ali também há muito esgoto, o que faz a água ser mais ácida e acelera os danos ao concreto”, afirmou.
A Rodoviária de Vitória é administrada pela empresa Contermi, terceirizada pela Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger).