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“Liga e desliga”: Novo seguro terá cobrança por minutos

O mercado de seguros no Brasil vai viver uma transformação a partir de novas regras em avaliação pelo governo e seguradoras, que vão possibilitar a oferta de cobertura de seguro com vigência reduzida ou intermitente, entre outras novidades.

No fim de agosto, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão federal responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro no País, publicou normativa que definiu parâmetros básicos para a estruturação dos novos planos.

A modalidade de vigência reduzida prevê a oferta de seguro fixada em meses, dias, horas, minutos, jornada, viagem ou trecho, entre outros critérios.

Já a modalidade intermitente, também conhecida como “liga e desliga”, permite contratar um seguro somente para as circunstâncias em que o segurado utilizará o bem (como um veículo), deixando de ter cobertura fora das condições especificadas.

Segundo a Susep, as mudanças têm como objetivo adequar os produtos de seguro às reais necessidades do consumidor. “Citando como exemplo o seguro de automóvel, um dos mais populares do País, o segurado terá a opção ‘liga e desliga’, quando comprar o produto ou mesmo optar por intervalos de contratação diferentes da praxe do mercado, que é o plano anual”, disse o diretor da Susep, Rafael Scherre. Os novos planos ainda passarão por avaliação do órgão antes de serem comercializados.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Ronaldo Vilela, a adesão aos seguros deve aumentar com as novas condições.

“No seguro intermitente, por exemplo, se ele vai para o trabalho de transporte público e usa o carro só no fim de semana, pode pedir à seguradora que calcule um preço que leve em conta essa utilização”, explicou o diretor. “Certamente terá muita aceitação. As pessoas terão noção de que estão pagando um preço mais justo de acordo com os riscos oferecidos”.

Embora haja uma expectativa de redução de custos, os valores ainda serão calculados pelas seguradoras. “Tudo será feito com avaliação de mercado. As áreas de estatísticas das seguradoras calcularão os riscos. Todas já estão se movimentando”, completou.

Fonte: Tribuna

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